“Falar sem ouvir-se” e “Escutar sem prestar atenção”:
lamentavelmente são atitudes que entraram no uso comum, sobretudo no mundo dos
políticos os quais, depois, se escondem atrás de gírias para concertar os erros
cometidos; como aquela Presidente, candidata à reeleição, que em uma entrevista
em direta TV usou o termo “toma lá, da
cá” para explicar o seu modo de governar o País, ou seja, uma troca de
favores entre dois lados. Involuntariamente, mas focou o jeito político mundial
deste tempo.
Era uma vez Partidos que ocupavam um
próprio espaço político; em outras palavras estas entidades eram “Agregado de pessoas, organizado em Associação,
que agiam com ideias e intentos comuns e cujo objetivo era o bem público”;
a sua etimologia vem do latim e precisamente de PARTIRI (dividir) e PAR (parte).
No momento que
não somos mais governados por ideais (ideias
+ intentos), mas por interesses, os Partidos se transformaram em
Corporações, ou seja, “Agregado de
pessoas, organizado em Associação, que agem como se fossem um só corpo e cujo
objetivo é o bem próprio”; a sua etimologia vem também do latim e
precisamente de CORPORIS (corpo) e
ACTIO (ação).
Se eu delego uma
pessoa a representar-me na procura do meu bem-estar, isto vai chocar contra o
interesse dos meus pares que, a sua vez, buscam o bem-estar deles. E essa forma
de atitude cria violência porque cada Associação procura o próprio rumo que
está em antítese com os dos outros: participar à concorrência eleitoral,
alcançando o objetivo político, tornou um investimento pesado que, por esse
motivo, deve ser remunerado. O negocio é negocio e é concebido pela ganância do
Poder com o escopo de ter mais dinheiro.
Por isto as
atuais “Associações Políticas”, que
deveriam nos representar, devem ser reformadas, pois transformaram o motivo da
própria existência de “bem público”
para “bem próprio”.
Atenciosamente,
Cappello dott. Armando
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