sábado, 25 de outubro de 2014

“Globalização” é um conceito ultrapassado.

A palavra Globalização significa “união de marcados a nível mundial”. Mas Vocês nunca vos pediu quem são os atores de tal ação?
Explico-me melhor.
Uma ação é nada mais o efeito de uma causa anterior, ou seja, existe um ator ativo, que causa a ação, e um ator passivo, que sofre o efeito de tal ação.
Dado que a ação “causa/efeito” não é fim a si mesmo, sempre se verifica que o efeito transforma-se em causa, dando assim origem a efeitos/causas subsequentes e concatenados.
Portanto, tal definição pode ser explicada como “processo através do quais mercados – produtos – consumos – modos de viver e pensar tornam-se conjuntos em escala mundial”.
É um verdadeiro emaranhado de conceitos onde uma pessoa ou se desanima e acaba aceitar passivamente tal ação, ou se rebela e ativamente vai contra ao efeito.
Mas como se pode combater um efeito? Com certeza não chocando em um feito abstrato: Dom Quixote já tentou, demonstrando a inutilidade de opor-se à concatenação de eventos (efeitos).
Podemos simplesmente somatizar o efeito (Globalização) e criar causas para influenciar os subsequentes efeitos, assim interferindo na concatenação das ações.
Por que nasceu a Globalização?
Este processo quer mostrar-nos a exigência e a necessidade que temos de homogeneizar as nossas estruturas organizacionais; que é inútil opor-se às transformações naturais da existência humana; que quem se opôs, atrasou os efeitos e assim criando desconforto e dores aos povos.
As defesas são intrínsecas à nossa especificidade e não estão nas barreiras econômicas, que podem criar divergências, atritos e guerras. É a natureza que nos ensina como fazer, fornecendo-nos instrumentos para evitar a nossa massificação, impedindo que nós nos transformarmos em meros consumidores de produtos globalizados e, por isso, não naturais.
Portanto, se Globalizar significa “Homogeneizar mercados – produtos – modos”, nós podemos inserir variabilidades nas escolhas (pensar) de consumos de produtos oriundos de mercados locais. E esse é um aspecto totalmente natural, pois os produtos, sobretudo alimentares, nada mais são a expressão geográfica da natureza. Em todas as partes existem regionalizações: a cebola produzida no Brasil é diferente daquela produzida na Europa. Se aprofundarmos o especifico, temos localizações ainda mais extremas: na Itália temos a produção da “Cebola roxa de Cavasso” (município da província de Pordenone – Friuli) che é totalmente diferente do “Lampascione” oriundo do Gargano (municípios da província de Foggia – Puglie). Ambas são da família das cebolas, mas as diferencias está no clima e no solo. Como também não podemos produzir “Castanha do Caju” na Europa, ou a “Castanha europeia” no Brasil.
Poderia proceder com mais produtos que identificam áreas geográficas especificas (confeitarias, destilados, legumes, queijos, vinhos...), mas isto se tornaria chato.
Temos uma cabeça, procuramos de usa-la e não de joga-la fora.
Atenciosamente,
Armando Cappello