sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A BANDEIRA VAI ONDE O VENTO LEVA

Lembro a campanha eleitoral que o ano passado o Sr. Bial fiz a favor da atual Presidente; ele justamente explicou a própria orientação politica a favor duma parte: foi comovente a remarcação das torturas pela fé que ela tinha no Brasil e que o regime ditatorial impôs á Sra. Dilma Rousseff.
Agora não quero renegar o passado dela, que foi muito importante e demonstrou como ela se sentia ligada ao Brasil, mas queria que me fosse explicado o dom de ubiquidade politica que ela está usando:
·         Ela é durona (irrepreensível) quando se trata do Governo Federal, onde os seus subordinados precisam ser imaculados: isto é certo!
·         Ela é tolerante (permissiva) quando se trata de Governos Locais, onde os Responsáveis podem esbanjar os cofres: ela pôs o veto á Lei de Diretrizes Orçamentárias suprimindo a exigência para a qual os Administradores Locais deviam ter a obrigação de apresentar as prestações de contas em dia para ter o direito de receber mais dinheiro da União.
Vou colocar em claro a situação. Simplesmente o nosso Presidente deixou a possibilidade ás Prefeituras de desviar Verbas Federais para financiar as reeleições Municipais do próximo ano: legitimou o uso da maquina publica por fins particulares.
O conceito, expresso pelo Ministério do Planejamento que orientou o veto de Dilma, é: “Garantir a continuidade das politicas publicas para favorecer principalmente a população mais carente” (fonte http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/103478-presidente-dilma-veta-medida-contra-corrupcao.html). Esclareço o conceito que significa: “Vamos reinstaurar o populismo (que em passado foi precursor das formas ditatórias que prenderam e torturaram também a nossa atual Presidente) deixando livres os candidatos entregar-nos o próprio rabo, assim nós pode-lo usar no momento mais oportuno”: candidatos prestam atenção que cada promessa é divida!
Sra. Dilma, Você não pode esquecer que ser Presidente do Brasil não significa ser unicamente a Chefe do Governo, mas ser também a Representante do Brasil na sua totalidade e perante o mundo inteiro: se Você justamente se erige qual Justiceira dentro do Governo Federal, Você deve manter a mesma postura também com as Administrações Locais.
Eu sei que nos Ministérios, lá em Brasília, os desvios que Você está combatendo são de valores bem maiores daqueles poucos milhões que vêm desviados nas pequenas e remotas localidades do Brasil; mas nestes Municípios trabalham Brasileiros que, por mês, nem chegam ganhar a metade dum salario mínimo!!! e Você admite irregularidades nas prestações de contas dos Administradores destes Prefeituras? pois os impostos pagos por estes digníssimo Brasileiros pesa mais que aquele aí no centro do Poder, onde tudo é possível, também fechar os olhos para deixar os pobres ser derubados.
É uma grande desilusão...
Querida Presidente, eu não tenho nada contra a Maior Instituição Publica que representa o Brasil, a Instituição que Você representa e que eu amo e á qual jurei fidelidade, mas me permita enfatizar como a sua imagem, na qualidade da sua pessoa física, é bastante ridícula.
Viva o Brasil!!!
Armando Cappello

domingo, 25 de setembro de 2011

CADÊ OS POLÍTICOS COM VISÃO?

Acho que tudo mundo deveria ser ciente de situações mundiais que estão influenciando o Brasil, emborra este artigo talvez não seja de interesse de todos.
Depois ter indicada a necessidade das Nações atualizar a própria postura num novo modo de inter-relacionar-se, eu me sinto em dever de intervir no assunto do euro-zona (União Europeia) procurando esclarecer situações híbridas existentes.
A União Europeia não tem uma Constituição verdadeira, pois aquela vigente desde 01/12/2009, ainda não aprovada pelos Estados membros, é uma aglomeração de inclusões alocadas dentro duma precedente já reprovada pela França e pela Holanda. Por esta falha na EU ainda não existe a busca do interesse politico comum, emborra não existir um Governo que possa reunir uma Politica Econômica da área: é uma negociação permanente que desgasta as Nações com menor peso politico (Grécia – Irlanda – Portugal) ou com desequilíbrio politico interno (Espanha – Itália). É a falta da Nação Europeia que deixa espaço para especulações financeiras em curso e originarias dos EUA: o drama financeiro (entendido como comédia) da Espanha e da Itália foi criado por as 5 sociedades que detém mais do 90% dos CDS (Credit Default Swap) a nível mundial (ver Goldman Sachs). Tais Institutos vai continuar ter o lucro de especulação até quando os títulos de debito de estado se referem aos países singularmente: se estes títulos fossem assumidos ou emitidos pela EU, entendida como Nação estruturada com a própria Constituição e o próprio Governo, acabaria este tipo de especulação.
Por ultimo acho ter a obrigação de projetar um possível panorama futuro.
A formação da Nação Europa, com mais de 500.000.000 habitantes e com um PIB de mais dos 30% do mundial, assusta outros Países que, como os EUA, teriam um concorrente difícil de subjugar e nem teriam as vantagens tecnologias que detém perante aos Países emergentes.
Se os Estados europeus conseguissem convergir numas finalidades politicas comuns, como repensar aos atuais confins internos e assim reformulando novos estados através das valorizações das diferencias culturais existem, a “Giovine Europa” de Giuseppe Mazzini (http://it.wikipedia.org/wiki/Giovine_Europa) poderia finalmente brotar: mas se naquela época (177 anos atrás) era uma utopia, agora poderia ser o ponto de partida para uma revolução politica global propositiva que levaria o mundo rever-se em modo mais democrático e menos presunçoso... sonha Armando.
Saudações,
Armando Cappello

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ATUALIZAR A GLOBALIZAÇÃO É PRECISO!

Anteontem, o 19/09/2011, na Folha.com encontrei o postado de Ricardo Sempler, empresário: li o artigo com muita atenção, gostando seja da forma, delicada e quase divertida, seja porque focou muito bem perfis econômicos internacionais em modo leve e quase sobrevoando. A matéria alude ao “Problema” que o mundo está procurando resolver e convido todoa dar uma lida a “O Tijolaço” á pagina http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardosemler/977285-o-tijolaco.shtml.
Para cair dentro do assunto, devemos entender que a globalização atual não investe somente aspectos comerciais, ou financeiros, ou de marketing, ou de produção, ou de ... a organização econômica mundial é um “Consorcio” que foi criado baseando-se na força da produção que, naquele tempo, representava a potencia duma Nação.
É aqui que se encontra o problema básico, ou melhor, a composição deste Consorcio Mundial foi definida numa forma estática e que se refere há anos atrás; pelo contrario a vida é formada por componentes dinâmicas: o que 20 anos atrás era bom, hoje necessita ser atualizado.
Dito isto devemos descer á raiz, por a qual torna possível a existência duma economia: a moeda. No Consorcio Mundial existem parâmetros que representam equilíbrios de anos passados e que não refletem mais a realidade atual: o peso internacional (politico e econômico) duma Nação, ou duma área geopolítica, vem medida, sobretudo em conformidade do próprio PIL. Este dado foi elaborado quando no mundo o importante era produzir porque a demanda de bens de consumo superava bastante a oferta, onde a concorrência não era assim feroz como hoje e as margens de lucro estavam gordas.
De uma forma breve e simplista podemos dizer que, em seguida, a demanda de bem de consumo durável foi substituída com semidurável, aumentou o nível de qualidade e o espaço dedicado ao lazer e ao cuidado pessoal. O crescimento de consumo nas áreas geográficas emergentes, que dobrou o gasto global, junto á indicada revolução na demanda, tudo isso desnaturalizou a sustentação financeira do consumo, empurrando coletividades e entidades, seja pública que privada, acionar a leva das dividas.
Esta enorme transformação econômica aconteceu sem ser acompanhada por mudanças dinâmicas nos equilíbrios entre os participantes ao Consorcio Mundial. É obvio que os parâmetros estáticos existentes se quebraram, tornando ridículas propostas como da China (financiar diretamente a divida da EU) ou do Brasil (financiar a mesma divida da EU, mas através do FMI).
Novas formas de relacionamento devem ser introduzidas, como por exemplo:
1.         Mudar a grade que define o mais forte, que não é mais quem tem a maior produção, mas quem produz mais riqueza.
2.         Criar uma moeda virtual universal de cambio, baseada num equilíbrio onde todos os participantes estão representados, mas cada incide na percentagem da própria capacidade de produzir riqueza.
Assim este Consorcio Mundial (FMI) tornaria também mais Democrático porque refundado através dum desmembramento participativo e com o aumento de consideração pelos participantes todos. Tijolo após tijolo e com franca colaboração de todos, se constroem as casas e os prédios mais alto; com o protecionismo se derruba o que já está construído, de quem for e tão grande que for.
A Crise Financeira Mundial, ainda vigente e que é efeito da Globalização das dividas, poderá considerar-se superada somente quando serão interiorizadas as atualizações de novos equilíbrios politico/econômico.
Á breve.
Armando Cappello

sábado, 17 de setembro de 2011

RESPEITO PARA OS BRASILEIROS, POR FAVOR!

Até anteontem não havia matérias fortes para argumentar, mas á tarde e á noite, chegaram dois bombas que me fizeram refletir e indignar dos nossos governantes.
Vou seguir a ordem de chegada.
1.       Tarde de quinta-feira de 15/09/2011.
Edison Lobão, Ministro de Minas e Energia, garantiu que no Brasil o Governo vai instalar outras 4 Usinas Nucleares, 2 no Sudeste e 2 no Nordeste. Ele afirmou que, na ocasião do acidente nuclear japonês, pediu ás duas empresas interessadas á construção das usinas, que fizessem estudos para avaliar a segurança das usinas existentes no Brasil e um possível projeto de expansão. Além disso, o Ministro disse “Não vimos problema algum. Aquilo que aconteceu no Japão foi causado por um tsunami, por catástrofe natural”. (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/975751-brasil-retoma-planos-para-construir-outras-4-usinas-nucleares.shtml)
Querido Ministro talvez eu esteja errando, mas sempre pensei que uma avaliação deve ser feita por empresa que não tem interesse econômico no bem avaliado: Você deixaria um ladrão julgar si mesmo? Além disso, nós estamos usando a natureza por fins próprios nossos: como podemos culpa-la de desastres naturais como o da usina nuclear japonês, ou seja, somos nós humanos que devemos adequar os nossos produtos á natureza, não pretender que a natureza respeite os nossos bens. As catástrofes naturais são aqueles que mais matam homens no mundo e Você fala come se fosse um assunto de nada e marginal na vida do planeta: lamento, mas não compartilho o seu conceito de humanidades.
E se um desastre nuclear acontecesse por culpa humana e não ligada diretamente ao exercício da usina? Por absurdo consideramos UARS, o satélite desgovernado que a próxima semana vai cair na faixa geográfica que vai do Canada á América do Sul (Fonte: http://livrodomundo.com/?p=1015): entrando na atmosfera se vai esbagaçar em vários destroços dos quais os menores chegam pesar até 500 kg. Se formulamos “peso x velocidade / superfície de impacto”, me parece que a força geradora pelo menor pedaço possa ser equiparar numa bomba atômica. Querido Ministro Edison Lobão, primo responsável das instalações e do funcionamento das usinas nucleares, Você pode garantir ao Brasil que nada aconteceria no caso que um símil artefato humano precipitasse sobra uma destas usinas?
2.    Noite de quinta-feira de 15/09/2011.
Protecionismo: este conceito significa “crescimento relativo sem avanço e derrubando os concorrentes”. Em outras palavras este processo não promove um desenvolvimento, mas um rebaixamento de nível. Penso que o objetivo da nossa Presidente Dilma é de obter mais investimento em fabricas de peças automotivas que atualmente vêm importadas. Se em linha de principio o escopo é bom, na realidade a medida considerada é devastador:
·         Primeiramente os Países das indústrias que vão ser afetadas pela medida em assunto, a sua vez vão atuar um protecionismo contra bens oriundos Brasileiros, diminuindo assim as nossas exportações para a área atingida e, conseguintemente, a produção industrial daqueles bens.
·         Por segundo, emborra possa ser vantajosa a abertura de outras empresas no Brasil pela fabricação destas peças automotivos, queria saber aonde vão ser encontrados os funcionários experientes para desenvolver o projeto: importando mão de obra de fora?
·         Por terceiro, o tipo de protecionismo atuado vai estimular o aumento do preço de venda dos carros produzidos no Brasil com peças oriundas e também se estão fora do alcance da medida.
O que está sendo feito é mais parecido numa lobbing que no protecionismo: a Medida Ministerial não vai ser usada para beneficiar os Brasileiros, mas para aumentar a lucratividade das Empresas automotivas residentes; o lucro entra no bolso dos proprietários das empresas que não são brasileiros, são estrangeiros!
Cadê o significado inicial do protecionismo, ou seja, a intenção de proteger as industrias nacionais?
a.    Não aumentamos a nossa produção industrial;
b.    Não impulsionamos a mão de obra nacional;
c.    Outros países acumulam riqueza produzida no Brasil.
Eu acho isso um gol contra!!!
Você lembra os “Irmãos Metralha” dos quadrinhos de Donald Duck? Agem de impulso e sem prever os efeitos derivantes das decisões presas. Pessoalmente acho que todos os componentes do Governo, individualmente, sejam pessoas digna, mas parece que não colam entre eles: pode aconteser também nas melhores Seleções.
Não tenho outras palavras: por sorte numa Democracia as opiniões estão livres e gostaria de verdade que alguém me demonstra que estou errado; por favor.
Cordialmente e sem rancor.
Armando Cappello

terça-feira, 13 de setembro de 2011

TROCA DE OPINÃO SOBRE O “NOUVELLE POLITIQUE”

Comento postado por STUDART
Não fizemos, e com a esquerda populista no poder, não iremos fazer a reforma tributária. Logo, a única maneira de proteger a indústria brasileira é através do protecionismo. Como explicar que os produtos produzidos nos USA possam ter um valor, em média, 50% mais barato que no Brasil? Uma parcela cada vez maior da população está virando muambeira, ou seja, sobrevivem viajando e trazendo produtos para serem vendidos no Brasil. Uma pena não termos a meritocracia na esfera pública. Esse é o nosso Brasil, um povo analfabeto e miserável que precisa de esmola por incompetência dos nossos políticos.

Dialogo de Armando
Agradeço Studart pelo seu postado e gostaria que fossem abertas mais discussões.
No mérito eu acho que os conflitos eleitorais não deveriam estender-se numa batalha politica permanente. O Brasil é uma Republica Presidencialista e esta forma eleitoral empurra os cidadãos escolher o Presidente menos pior, que não significa “o melhor”; conceitualmente esta forma eletiva concede mais poder ao Governo, mas abaixa o nível politico interinstitucional, obrigando o sistema em agregações forçadas entre partidos onde, as vezes, o Presidente acaba ficando engravatado por os seus aliados. Pensar que quem comanda o País seja o Chefe de Governo, muitas vezes é uma mera ilusão, pois ele está preso entre coligações políticas transversais que, em fim, são aqueles que definem o rumo do Governo.
Pessoalmente tenho a sensação que a atual Presidente, contra a sua vontade ou cônscia dos acontecimentos, está sendo empurrada para uma direção populista demagógica; isto significa que todas as reformas que ela já introduz, ou que quer introduzir, vão ser, ou serão, minada pelos aliados de governo: portanto estou de acordo com Studart e não prevejo que venham atuadas reformas importantes, tão menos no campo da tributação ou da previdência onde o Brasil as necessitariam para ontem e não para amanhã. Vão acontecer, como já aconteceram, somente maquiagens para esconder que o Governo está procedendo com o “freio a mão acionado”.
Estou perfeitamente de acordo com Studart também quando ele enfatiza a falta de meritocracia no âmbito público. A ideia que a maquina federal deve ser oleada por funcionários simpatizantes dos partidos de governo (qualquer partido ou coalisão for), alimenta o conservadorismo o qual, para se defender, manda arquivar, já ao seu nascer, as ideias de mudanças estruturais (progressismo). Para mim o galho do problema Brasil está próprio aqui e se pode curá-lo somente afastando a politica dá administração pública, introduzindo em todos os Órgãos Públicos, Autarquias incluídas, o sistema privado de gerenciamento. Para fazer uma maquina andar, além duma boa manutenção (controle constante sobre a Administração, o Financeiro e os Serviços), devem ser trocadas as peças que dificultam o seu funcionamento.
Ao contrario de Studart, eu contesto o protecionismo, sobretudo aquele praticado para “favorecer as empresas nacionais”; a maior parte da receita, como boa parte do emprego, são formadas por empresas nacionais, mas de capital estrangeiro: não consigo entender como se consegue proteger as empresas nacionais sem favorecer o capital estrangeiro. Nestes últimos anos Hugo Chávez condicionou as finanças das empresas de capital estrangeiro: manobra esta que é a antecâmara duma possível futura nacionalização; mas acho que não é isto o que a Presidência do Brasil está buscando.
O Brasil, entendido como Republica Federativa, tem apenas 26 anos de vida; a sua Democracia ainda está jovem e está digerindo as reminiscências da época dos coronéis: deixamo-lo crescer e desenvolver também dentro incoerências e tensões, brigas e reformas, mensalões e restruturações. Daqui uns 14 anos (para o 2025) iria existir um povo Brasileiro mais culto e prospero, onde políticos continuarão brigando entre eles para “esmolonas”, mas onde será a classe politica depender dos cidadãos e não a população pedir favores e esmolas aos políticos.
Obrigado,
Armando Cappello

PS: Lula ajuda-me: preciso Você convença PSB – PDT – PCdoB votar a favor da Reforma politica! (http://www1.folha.uol.com.br/poder/974263-ex-presidente-lula-assume-negociacao-da-reforma-politica.shtml)

sábado, 10 de setembro de 2011

Why Bonner?

O tempo passa e as lembranças desvanecem amarelando-se, quase que o presente tivesse o pudor de compartilhar as épocas decursas ou o medo de lembrar os momentos vividos.
Era o ano 1970 na Itália: o ano do tentado “golpe Borghese”; os “anos de chumbos” pela violência que perseverava nas cidades; época da manipulação politica dos movimentos estudantis do ’68, que deu vida ás “Brigadas Vermelhas”. Eu havia 14 anos e o prof. Boccotti, que ensinava italiano e latino, introduz uma hora de “analise critica dos eventos”: o sábado dois estudantes, escolhidos a semana antecedente, deviam trazer um quotidiano cada um e, optados um argumento, se devia comparar quanto escrito nos dois jornais: se as primeira 4 “w” eram muitos parecidas (who = quem, where = onde, what = como, when = quando), a ultima (why = porque) sempre diferenciava em conformidade á linha politica do jornal. Mas também aprendi que estar independente respeito ao acontecimento, não significa ser sem opinião e que um bom jornalista deveria ter a obrigação de expor o próprio juízo; ao contrario não é mais jornalista, mas chama-se cronista: ou estou errando?
O que aconteceu no mundo árabe, de dezembro 2010 até hoje, é muito importante. Por isto lamento que nenhum telejornal encontrou a coragem de enfrentar em modo profissional esta crise que, colocada no xadrez socioeconômico mundial, tem espessura muito relevante em função de novas alianças politicas que são destinadas sair dá “Globalização das dividas”. Lembro a pergunta que um meu conhecido de net, Mauricio Andreatti (@mau_andreatti), postou no seu twitter: <Para quê o Brasil quer "poder de voto" na ONU se nas menores decisões, como o apoio ou não a Líbia, ele fica "em cima do muro"?>; a mesma pergunta se pode girar aos jornalistas de TV. Em modo aleatório coloco o Sr. William Bonner, da Rede Globo, como representante de todos os outros: isto porque é quem mais aprecio no panorama jornalístico brasileiro.
Querido William eu acho que Você conheça os motivos que induziram uns povos árabes á guerra civil. Seria simples afirmar que quando um povo chega ao ultimo buraco do cinto (não tem mais nada para comer) é inevitável a rebelião. E aí: coisa levou a maioria dum povo escolher entre morrer de fome ou ariscar de morrer matado? É isto o “why” que faltou por meses aos serviços dos telejornais. Mas porque faltou?
Gostaria que o Senhor desse a sua opinião nas teses expostas em seguida, que eu encontrei em Foreign Affairs, The Nation e The Observer, onde todos três apontam na crise alimentar o motivo do nascimento das manifestações antigovernamentais nos países muçulmanos.
1.    Foreign Affairs
Na época atual o Oriente Médio é a área geográfica que mais depende da importação de grãos, tão que na metade dos 20 países maiores importadores de trigo, estão localizados nesta área:
·         Nas primeiras manifestações tunisinas (dezembro 2010) os participantes empunhavam pão nas próprias mãos.
·         A dependência do Egypto de Mubarak aos cereais estadunidenses levou ao desemprego largas massas rurais não urbanizadas: em 1960 o Egypto produzia bastante trigo para considerar-se quase autossuficiente; pelo contrario em 2010 importou a metade do grão consumido.
A Casa Branca, enviando ao exterior os cereais excedentes como forma de ajudas, faz descer os preços nos países que recebem este “favor”, empobrecendo os agricultores locais que vêm expulsos do mercado.
2.    The Nation
Em seguida á crise financeira de 2008, os G8 primeiramente salvaram os próprios bancos, prometendo, a partir do ano seguinte, a devolução de US$ 20 bilhões em três anos (de 2009 á 2012) a favor dos países em via de desenvolvimento: até hoje, passados 2 anos, foram entrego nem o 5%!!!
3.    The Observer
Para este Jornal os culpados pela oscilação e inflação das commodities alimentares, são os bancos e os hedges funds, os mesmos que deram inicio á crise financeira nos EUA em 2008. A hedging agrícola sempre existiu e consistia em vender a própria produção antes da colheita: isto favorecia planejar as atividades e os investimentos no mundo agropecuário. Na ultima década do XX século, em seguida duma “lobbying campaign” feita nos EUA e na Grã Bretanha por bancos – fundos de investimentos – políticos liberais, as regulamentações das hedgings agrícolas foram gradualmente abolidas transformando-se em futures, ou seja, os contratos de compra-venda passaram nas mãos de operadores financeiros totalmente fora do mundo agropecuário: nasceu o novo e surreal mercado da “especulação alimentar”.
É claro que outras pessoas exploraram, organizaram e redirecionaram o descontentamento das massas árabes famintas.
Eu não acho ser um conservador ferrenho, mas lembro de que minha avó dizia: “feia quanto for, mas é sempre melhor a estrada velha que uma nova desconhecida”. Não é que novos Ditadores vão substituir os antigos? de outro lado é bem complicado comandar uma democracia, é mais fácil dar ordens a uma ditadura. Esta historia, em alguns cantos, assemelha a o que os europeus fizeram quando colonizaram a América do Sul.
Gentil William Bonner, ou outros por ele, gostaria saber por que á opinião publica não foram levadas nenhuma destas argumentações, ou quaisquer outras for.
Com muita atenção,
Armando Cappello

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NOUVELLE POLITIQUE

Ontem á noite estava assistindo á TV o pronunciamento da nossa “Presidenta” Dilma e fiquei impressionado da “Declaração de Intenções” feita a fim de proteger as empresas nacionais com um protecionismo puro e contra tudo e todos; afirmava também que o nível de serviço público no Brasil, sobretudo na saúde, estava atingindo níveis de primeiro mundo. Fiquei sem palavra, desorientado, arrasado, maravilhado... Gentil Presidenta, Você fala assim talvez porque a grande maioria dos brasileiros não podem confutar as suas afirmações! Pareciam-me asseverações feitas acasos, aleatórias e sem fundamento politico: um comunicado extemporâneo e instintivo, tão semelhante no pronunciamento a o de Don Quixote que queria lutar e ganhar sem identificar, ou saber, contra quem. Não é que eu escutei outra Presidenta?
As crises que o mundo inteiro está passando, demonstra a exigência improcrastinável dum novo tipo de Politica que possa penetrar dentro ás malhas sociais através galhos inovadores, e não, como até agora, ficando em cima da sociedade somente representando-a.
A atual infraestrutura politica baseia-se na representatividade das classes sociais, as quais são conglomerações que estão dentro áreas geográficas definidas. Por isto o sistema politico manifesta um desgastante e permanente conflito, duma maioria contra uma minoria, o qual comporta um desenvolvimento desequilibrado e sem rumo do tecido social. O motivo é que quem detém a representatividade eleitoral presta muita atenção ás conveniências politicas, que não sempre batem com as verdadeiras exigências locais, assim levando ao poder os interesses dos representantes e não dos representados.
Outro aspecto é a reformulação das áreas eleitorais: o desenvolvimento tecnológico (internet) e viário (estradas - carros) introduziram copiosas movimentações de pessoas e de noticias, o que diminuiu distancias, gerando agregações e integrações entre comunidades, além delinear o aumento de diferenciações socioeconômico entre comunidades.
Na Politica as diferencias sociais exprimem-se em exigências diferentes e as infraestruturas politico-administrativa têm o dever de trazer á tona todas estas exigências, independentemente das suas proveniências socioeconômicas. Partindo dá base, devém ser criadas estruturas mais próximas ás comunidades locais, entendidas como agregações de pessoas suficientes amplas para que os interesses delas (necessidades e exigências) não venham rebaixados.
Se no passado era a politica que devia aproximar-se á sociedade, agora são as estruturas administrativas publicas que se devem pôr ao serviço da sociedade. Os administradores e os operadores públicos não devem discriminar os usuários, mas procurar de fornecer-lhes serviços mais cônsonos, adequados e céleres. Numa estrutura privada se o administrador não está ao nível que lhe compete, a firma, no próprio interesse, troca-o por outro. Passando duma organização Privada para uma Publica, mudam-se os meios (quem financia a atividade) e o rumo (busca de equilíbrio econômico em vez do lucro), mas a finalidade fica sempre a mesma: fornecer um serviço de qualidade. Por isto nos Órgãos Públicos devem ser introduzidos sistemas de controles externos, assim que possam ser verdadeiramente e periodicamente verificadas:
1.    A qualidade da prestação do serviço;
2.    O nível da organização administrativa;
3.    A funcionalidade do sistema financeiro.
Em outras palavras todos os Entes Públicos e Autárquicos devem ser adequados numa espécie de lei SOX (Lei dos EUA assinada por Sarbanes & Oxley), reformulada nas exigências do Brasil. É inútil atuar uma caça ás bruxas, finalizada numa propaganda eleitoral permanente, que leva só num aumento das investigações policiais: é melhor terceirizar o controle o qual, em caso de positividade, terá um ramo preferencial dentro da Justiça Federal.
Cordialmente,
Armando Cappello