quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O ROUBO DEMOCRATICO

A cúpula do futebol Brasileiro está no olho da tempestade: Ricardo Teixeira, Presidente da CBF e Responsável do Comitê organizador da Copa 2014, está indagado no Rio de Janeiro. As acusações são pesadas e chegam á denuncia de organização dum verdadeiro sistema de corrupção de tipo mafioso.
Autor deste dossiê é o jornalista inglês Andrew Jennings o qual explica: “Encontrarmos provas esmagadoras, quantias por mais de 9 milhões de euro (mais de R$ 20 milhões). Os protagonistas deste episodio feio são todas pessoas bastante importantes. Nomes que trazem para sociedades no Liechtenstein (pequenininho paraíso fiscal que está na Europa entre a Suíça e a Áustria) e por isto de difícil acesso... O material está nas mãos de Blatter o qual está analisando a situação faz meses. Difícil prever a evolução, mas acho que vamos ver demissões de importantes exponentes da Federação Brasileira.(http://it.eurosport.yahoo.com/27102011/45/mondiali-2014-scandalo-in-brasile-indagati-i-vertici.html de 27/10/2011 ás 09:10).
Em seguida ao naufrágio da copa 2010 da África do Sul, quando Dunga foi despedido e sem antes ser convocado pelo Presidente da Federação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira, Lula falou uma coisa certa: se queremos relançar a Seleção verde-amarelo devemos iniciar dá cabeça, pois uma carga eletiva não pode ficar na mão duma única pessoa por todo este tempo.
Não quero entrar no assunto porque, emborra do gosto amargo que o episodio deixa na boca, não consigo entender como foi possível que ali dentro ninguém soubesse de nada... a menos que fosse um roubo democrático: todos quem conheciam os fatos, participavam também á divisão da torta.
Sem mais comentários,
Armando Cappello

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PARTIDOS OU POLÍTICOS: QUEM PESA MAIS?

Tempo atrás estava escutando um ativista politico o qual, seriamente, afirmou que o PCdeB, o seu Partido, era o único no Brasil não ser corrupto! ...emborra que os aderentes, em modo conformado, não sempre eram propriamente o espelho do partido que representavam: saí uma risada fragorosa como se assistindo á piada dum humorista.
Além que a historinha aconteceu de verdade, pelo contrario é claro que a sigla do Partido foi eu coloca-la agora por tornar cômica a situação do Ministro do Esporte Orlando Silva, contra o qual não tenho nada a dizer.  Ridículo é que, com a mudança de chefia do Ministério do Esporte, as alterações no Governo chegam a 10 em 10 meses: NOTA 10 Á NOSSA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF!!! Acho que, por pleno mérito, a nossa Presidente deve entrar no Guinness dos Recordes.
Antes de deixar de lado esta situação vergonhosa, queria formular uma consideração.
Desde sempre é verdade que os Ministros não deveriam ser trocados ao grito, mas se isto acontecer significa que a equipe presidencial não é assim honrada como deveria.  Se depois tem ração os representantes do Presidente, afirmando que o Ministério vai na frente o mesmo, é igual que a Presidente afirmasse que a Chefia dum Ministério é somente representativa e não substancial. E aí? Quem decide as linhas politicas dos Ministérios? Se não são mais os chefes decidir, o partido deles não tem mais peso politico. E quando os “gritos” irão surgir contra a Sra. Dilma Rousseff, quem a defenderia? As bocas dos políticos estão sempre cheias de palavras de oportunidade, mas só com as palavras não se consegue construir nada, ou contrario, se consegue derrubar... e assim assistiríamos num corre corre... para afastar-se em massa dá Presidência da Republica.
Viramos pagina, mas sempre permanecendo no tema politico.
São mais importantes os Partidos ou os Políticos que os representam?
O Partido é um grupo que reúne pessoas que compartilham ideias comuns: os ideais. Tais ideais se dividem em esquerda, centro e direita em conformidade aos conceitos que vêm expressos.
Ao contrario os políticos vêm eleitos em conformidade aos interesses que patrocinam: favorecer negócios.
Se os partidos se movem em conformidade ás exigências do momento, isto significa que as necessidades (escolhas politicas) são mais importantes dos ideais por os quais o partido foi criado. Aí é mais importante o politico, que traze energia ao partido através dos votos, respeito ao partido mesmo que não fornece indicação nenhuma respeito aos próprios endereços ideológicos.
Se este teorema é certo, porque continuar assistir o desperdício do nosso dinheiro? Não seria melhor mudar os atuais baronatos políticos (partidos) optando para distritos eleitorais uninominais? Qual é o politico que tem o saco para enfrentar esta mudança radical no costume brasileiro? Se no Brasil tudo está mudando, porque o sistema político deve ser sempre o mesmo?
Até mais,
Armando Cappello

domingo, 16 de outubro de 2011

FMI TORNOU PONTO DE POLÊMICA DO G-20

O papel do FMI se tornou o ponto de polêmica do G-20: todos contra todos... amigavelmente? Quando dinheiro (economia), poder (politica) e ambição (comando) estão envolvidos, não tem como: as amizades moram distante... distante.
E não acho que a polemica que emergiu seja derivada pela crise da Europa, onde Alemanha e França estão se confrontando; devemos ampliar a nossa “visão periférica”, juntando o que está acontecendo no mundo árabe (desde o inicio de 2011), os conflitos políticos regionais (Coreia do Norte, IRÃ, Venezuela, Bolívia) e as divergências conceituais entre EUA, Rússia e China na ONU (não é importante a favor de qual Nação seja, o importante é ficar contra).
A formação da atual geopolítica nasceu o dia 11 de Fevereiro de 1945 em Ialta, na Crimeia (Mar Negro),  como acordo pós beligerante 2º Guerra Mundial entre Churchill, Roosevelt e Stalin. Em seguida nasceram a ONU, o FMI e outros Entes Financeiros e Políticos Sobre Internacionais, mas sempre no respeito das regionalizações e influencias politicas nascidas em Ialta.
·         O primeiro choque politico verdadeiro, aportado a este tipo de formatação politico-regionalista, foi a tentativa de agregar a Europa para uma sua união econômica, prevista sobretudo pela França de François Mitterrand, Presidente Frances por 14 anos, e pela Alemanha de Willy Brandt, chanceler alemão e Prémio Nobel da Paz em 1971.
·         O segundo foi a queda da URSS (União Soviética) em 1991, que levou consigo a transição nos ambientes internacionais, empurrando-os para um período de instabilidade politica.
Como já escrevi em outras ocasiões, a crise europeia atual é filha duma instabilidade econômica que, a sua vez, é o resultado da ausência da sua união politica: a falta de confiança credora provém da ausência de sua agregação, tão que se as Nações aderentes fizessem um passo atrás tornando Estados, para deixar espaço a Europa surgir como País, de repente desapareceriam todos os medos dos calotes financeiros do euro que, na realidade, é somente o da Grécia e do Portugal, os quis nem representam o 4% do PIB da União Europeia na sua totalidade! Mas se a desagregação da Europa acontecer, o mundo se encontraria numa total degeneração político-econômica antecedentemente a quando, 66 anos atrás, nasceram os alinhamentos politico-geográfico pós 2ª guerra mundial. A falta de equilíbrio, ou melhor, a procura de reequilíbrio está á base dessa situação de instabilidade fluida: a politica dos EUA cresceu apoiando-se no confronto-conflito com a URSS. No momento que no conflito de “muro contra muro” caiu um muro, o outro não precisava mais ou devia ser movido em outra direção, coisa que nos últimos 20 anos aconteceu (deixo de lado as opiniões e exponho só fatos acontecidos) contra o IRÂ, contra a Coreia do Norte o contra quaisquer nação que quiser mais espaço politico no cenário internacional.
E aí? Vamos aguardar outro conflito mundial para que as geografias venham novamente divididas em faixas de influencias político-econômica?
Ou, como colegas diligentes, as Nações se sentam numa mesa, sem discriminar um a outra, e iniciam reformam o FMI com os seus SDR (“Direitos Especiais de Saque”: unidade de contas no FMI), a ONU e, a cascata, todas as outras Entidades Financeiras e Politicas Sobre Internacionais?
Se num certo ponto tudo mundo parecer perder, isto significaria que tudo mundo iria ganhar em estabilidade e, no futuro a seguir, ganharia em comercio, em lucro, em patrimônio, em... renovando assim uma nova época das vacas gordas.
Mas nós humanos conseguimos raciocinar deixando de lado sistemas políticos e religiosos, focando unicamente no interesse dos homens?
Á próxima,
Armando Cappello

domingo, 9 de outubro de 2011

NUNCA EXISTIRÁ O RÉQUIEM DO CAPITALISMO


Na época que estamos vivendo, cheia de ansiedades políticas e instabilidades econômicas, está novamente reemergindo a teorização da morte do capitalismo. Os teóricos destas hipóteses de sempre desenvolveram conceitos partindo de situações estáticas tornando-as dinâmicas, ou seja, dum ponto firmo, que é a época atual deles, para elaborar teses aplicáveis num futuro próximo ou mais remoto.
O réquiem do capitalismo foi cantado muitas vezes e, nos tempos, varias pessoas procuraram teorizar, ou realizar, sociedades sem esta componente sociocultural.
Os principais foram:
·         Karl Marx, que em 1848 teorizou o nascimento dum sistema político-econômico em substituição do capitalístico e através da elaboração do livro “O Capital”;
·         Vladimir Ilie Ulianov (dito Lênin), que com a revolução bolchevique de 1917 iniciou a experiência dum sistema de vida comunista na Rússia;
·         Mao Tse Tung, que em 1949 iniciou a experiência maoísta chinesa;
·         Fidel Castro, que ainda é o emblema da experiência cubana iniciada em 1959.
Deixei pra fora as tentativas atuadas em seguida á 2ª Guerra Mundial na área asiática e europeia, pois acho foram mais instrumentalizações que escolhas populares; como também não levo em conta o novo populismo da América Latina ou o credo fundamentalista Muçulmano, pois não se baseiam em aplicações ideológicas ou em elaborações de doutrinas alternativas, mas somente no “confronto-conflito permanente” contra os maiores Países representantes do sistema capitalístico: parece-me a reedição do antigo Scipione o Temporizador, uma piada.
Em primeiro devemos dar credito á elevada capacidade de transformação e de adaptação do capitalismo (entendido como sistema político-econômico) ao mundo que o circunda: a vontade de acumular bens móveis, ou imóveis, faz parte da sociabilidade do homem que, desde nascido, é mais propenso em possuir as coisas respeito a concedê-las. Por isto devemos entender que o capitalismo faz parte de nós mesmos (entendido como comunidade humana) e ele entra em crise para dar os sinais ás Nações (que formam a comunidade mundial) que estão agindo em modo errado. É como o nosso corpo quando passamos para uma intoxicação: os seus equilíbrios funcionais mostram sinais de alteração respeito situações de físico sano.
Quais são as funções fundamentais do capitalismo? O rumo do capitalismo é a acumulação (através do lucro); ele respira através do dinheiro (moeda); o seu coração é o credito (confiança).
No ponto onde nós estamos agora:
1.     Foi perdido o foco da acumulação (intoxicação por divida);
2.     Foi reduziu o fluxo de dinheiro (menor capacidade respiratória = menor oxigenação do sangue);
3.     Diminuiu drasticamente a confiança entre as partes e no futuro (risco de parada cardíaca);
Se voltarmos nos tempos, podemos ver como o capitalismo mudou em conformidade ás mudanças socioeconômicas dos seres humanos: num capitalismo selvagem foram introduzidas regras e, procedendo, se passou para um capitalismo mais regulamentado, para chegar ao atual capitalismo semidemocrático, em crise. Querendo ou não querendo, tudo mundo deve aceitar a próxima mudança que empurra para um capitalismo com regime democrático, onde a participação á acumulação deve estar aberta por maior numeros de entidades e onde deve ser reconhecido como capital também o intelecto humano.
Chegou a hora de abrir as portas das “salas dos botões” das organizações mundiais, tornando este comando mais socialista que oligopolista, como é agora; parando de confrontar o socialismo com o capitalismo que não são antagonistas entre eles, mas duas linhas que podem convergir para um mesmo ponto, assim abrangendo um arco maior e em comum .
O Capitalismo nunca vai morrer: ele se transforma adequando-se ao desenvolvimento dos homens.
No tempo passado, nas escolas italianas aos 13 anos de idade, tudo mundo havia a obrigação de ler – analisar – resumir o mesmo livro: “Il Gattopardo” de Giuseppe Tommasi di Lampedusa, livro que narra acontecimentos de sua antiga família nobre em terra siciliana e de volta ao meado de 1800. Este livro ficará imortal nos tempos, pois a filosofia que o percorre se pode resumir em “nada muda, tudo se transforma”.
Para entender o capitalismo eu acho que devemos:
·         Por primeiro entender e aceitar o transformismo intelectual humano, que é a capacidade dos homens de adaptar-se em qualquer tipo de situação;
·         Por segundo crer na sociabilidade dos humanos, que é a capacidade dos homens de enriquecer-se nas trocas de ideias entres os próprios similares.
Isto é a base do capitalismo que é também acreditar no credito, sabendo atua-lo num regime de confiança reciproca.
Á próxima,
Armando Cappello

terça-feira, 4 de outubro de 2011

OPINANDO COM FHC

Miriam Leitão, colunista econômica do Jornal “O Globo”, ontem sinalizou no twitter o artigo “Incertezas” de Fernando Henrique Cardoso, que a “Gazeta do Povo” publicou domingo 02/10 /2011 (a matéria pode ser encontrada á pagina http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1175589&tit=Incertezas): existem divagações sobre vários aspectos, deslocado nos tempos e que abrem portas não sempre visíveis.
Não é fácil debater conceitos quando as opiniões são intelectualmente parecidas; mas o mesmo procuro entrar naqueles onde vêm mencionados a “FED está inundando o mundo de dólares” e a “BCE e o FMI exigem dos países em bancarrota virtual”.
a.     A importância de novos dólares, injetados nos últimos anos 2 ½ pela FED, superaram os dois  trilhões de US$.
b.    A taxa de juro que está sendo praticadas pelos Bancos Centrais nos Países do primeiro mundo, é praticamente perto de zero; isto para não gravar com juro nas costas dos Governos que estão procurando sair duma crise financeira (atualmente mais induzida que real).
No primeiro caso vamos entender, num mercado estático, como injetar dinheiro significa desvalorizar a moeda e pela mesma percentagem do novo fluxo introduzido. Ex.: se eu tenho um valor nominal inicial de 100 e introduzo outro 20, vou ter um valor nominal final de 120; mas se o 120 final representa a mesma riqueza do 100 inicial, eu apliquei uma desvalorização da moeda do 20%, ou seja, se eu em precedência tinha uma quantia de 1.000, em seguida á desvalorização a mesma quantia terá um valor verdadeiro do 800 anterior.
O que logo narrei, é o que está acontecendo nos EUA. Este tipo de manobra monetária, aplicada em tempo de recessão como o atual, deve ser acompanhado numa manobra do Banco Central (neste caso a FED) que aplica taxa de juro baixo; no caso contrario o Governo se enforcaria sozinho: uma diminuição das entradas, em conjunto com um aumento de despesas por juros, levaria o Governo aumentar os impostos, diminuir os empregos e os investimentos, assim criando uma espiral negativa de crescimento (recessão e depressão).
O que estamos assistindo é uma fase econômica drogada, onde países estão passando, ou estão aproximando-se, a beirada dum coma induzido (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/), quando o fantasma “Protecionismo” está aparecendo um remédio em boa parte do mundo; ao contrario é um veneno para todos.
Talvez que eu tenha uma cabeça de retrógado, mas não consigo entender como se pode permitir o uso de instrumentos desregulamentados quais as especulações financeiras e de commodities agrícolas (em particular CDS e Futures Alimentares), especulações que empobrecem todas as Nações, enriquecendo uns no mundo inteiro, além de alimentar crises regionais que chegaram á guerra civil (vai ao postado http://armandocappello.blogspot.com/2011/09/why-bonner.html). Estes tipos de instrumentos criam riqueza sim, mas instituindo novas dividas: não é suficiente a crise financeira do 2008 que brolhou dá globalização das dividas? Nós somos tão burros que, como masoquistas, gostando repetir novamente crises econômicas?
Estou de acordo com FHC quando fala que a UE deve ter uniformidade em matéria de politica fiscal, mas antes que chegar neste patamar, deve-se criar politicamente a Europa onde os Estados devem prestar conta ao Governo Central (vai ao postado http://armandocappello.blogspot.com/2011/09/cade-os-politicos-com-visao.html). Prestamos também atenção que a desagregação da UE não iria prejudicar só os Estados europeu, mas iria criar controvérsias mundiais que seria bem melhor evitar neste momento, dado que ninguém sabe onde levaria uma crise de tipo politico/diplomático. A UE detém em si mesma todas as forças úteis para superar a crise corrente, mas sem que outros atropelam o caminho dela.
Uma ultima coisa, que centra com a Europa, mas não com FHC.
Gentil Sra. Dilma para de inserir-se em fatos de outros, palestrando come se fosse uma professora numa cátedra com aluno quais Presidentes ou Primeiros Ministros de França, Alemanha, Reinos Unidos, Holanda, Itália,... no rating da Moody’s o Brasil tem a classificação Baa2; Alemanha, França, Reinos Unidos e Holanda têm a classificação AAA; a Itália tem classificação Aa2. Sra. Dilma procuro explicar-te a coisa em modo mais simples: é como se Alemanha, França, Reinos Unidos e Holanda tivessem uma nota 10, a Itália uma nota 8 e o Brasil uma nota 6. Por favor, poupa nós cidadãos do ridículo!  Emborra que Você está usando farinha que não é do seu saco (na realidade o que a Presidenta fiz pelo Brasil nestes 9 meses? além ter havido um turnover médio de um Ministro por mês), poupa os Brasileiros também da retorica de mal gosto com a qual, pela segunda vez em duas semanas, vai puxa as orelhas de outros, pois “é melhor cuidar da trave que está nos olhos do Brasil que procurar as palhoças que estão naquelas europeias”.
Cordialmente,
Armando Cappello