terça-feira, 23 de agosto de 2011

ALERGIA DA RESPONSABILIDADE

1.    O domingo retrasado, num programa jornalístico que tratava de Controladores de Voo, a Rede Globo mandou uma intervista/depoimento dum Brigadeiro da Aviação Militar. Gostei da disponibilidade dele em esclarecer uns pontos técnicos que apareciam confusos, mas fiquei apavorado numa afirmação que o Brigadeiro mesmo deu; talvez, eu entendi errado, pois o argumento não era ligado em sentido estrito àquele cujo estavam tratando. Por isto gostaria se qualquer, que tem competência na matéria, me pudesse confirmar se é verdade que “O Brasil não exercita controlo global nenhum nos céus brasileiros; que o controle é feito somente pelas aeronaves que se aproximam aos aeroportos ou pelas que têm rota marcada”. No caso for verdadeira esta afirmação, significa que qualquer aeronave pode voar imperturbada (entrar – posar – decolar – sair) do Brasil e sem render conta para ninguém.
No meu conceito de Soberania, o Poder deve ter o conhecimento detalhado do conjunto de terra – céu – água pertinente á Nação e isto para favorecer o desenvolvimento do próprio território e do próprio povo, também através da sua salvaguarda.
2.    A semana atrasada foi á DPF para pedir o passaporte e, na pressa, paguei uma GRU errada. A atendente foi assim gentil que me imprimiu uma nova Guia e, uma vez pagada a taxa, ela me atendeu sem eu aguardar novamente na fila; sempre a atendente da PF forneceu-me também um formulário, distribuído pelo DPF, apto para pedir o reembolso da guia pagada por erro. Quando voltei para pegar o passaporte, apresentei o pedido go reembolso da quantia em palavra, fornecendo também uma segunda via para ter um recibo dos documentos que entreguei. Depois de meia hora solicitei a devolução desta segunda via oportunamente assinada, e me foi respondido: “Aqui não liberamos recibos assinados e a sua documentação vai para a União que executará o reembolso”. Á minha renovação de devolução da segunda via dos documentos entrego, com tom meio alterado a atendente me diz: “O VALOR SOLICITADO LHE SERÁ DEPOSITADO NA SUA CONTA EM 90 DIAS!”.
Em ambos os casos não é falta de responsabilidade (irresponsabilidade), mas é como se existisse uma alergia em assumir Responsabilidade, que nada outro é ausência de saber lidar com as próprias Responsabilidades.
·         Exercer a Soberania é ter a responsabilidade da Nação, ou seja, de todos os brasileiros perante o mundo inteiro.
·         Não devolver o recibo pelos documentos que foram entregue, é também fugir da própria responsabilidade; em futuro: eu não sei... eu não vi... eu não fui... eu não...
Quem cuida de nós deve estar á disposição dos cidadãos, não devem ser os brasileiros a disposição deles. A parte burocrática duma Nação existe para coordenar com responsabilidade funções publicas que favoreçam o desenvolvimento da sociedade, entendida no seu conjunto; o contrario não significa irresponsabilidade, mas é exercer a própria função com autoritarismo.
Atenciosamente,
Armando Cappello

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

RABUGENTO NÃO SOU, CHATO TALVEZ

Ontem liguei a CAGECE (Ente Autárquico de Fortaleza referente aos serviços de água e esgoto) para a substituição do registro geral de água na minha casa que tinha uma vazão. Devo evidenciar que o registro precede o medidor e, pois que eu pago a água conferida por este relógio, podia tranquilamente deixar vasar a água, tão não era eu que teria pagado o estrago. Mas, como cidadão cuidadoso, eu liguei para o 0800 competente comunicando o fato: além duma comunicação telefônica ruim (muita dificuldade para entender o atendente), precisou eu fornecer os dados pessoais (CPF, CNH, RG, nome de meu pai e da minha mãe,...) e pagar uma taxa para a substituição deste registro!!! Como? O registro não é meu, é da CAGECE e nem o tenho em comodato! É da CAGECE a água que vaza, não é aquela que eu consumo! Ao contrario poderia ser eu pedir indenização pelo prejuízo que a água da CAGECE me deu!
Além disso, devo evidenciar também que:
A.    CAGECE
1.     Existe um mínimo de consumo de água, ou seja, também se eu poupar o consuma de água, sempre devo pagar o quantitativo mínimo de 11 hectolitros por mês. Não deveria ser incentivada a economia do consumo de água? ... ou é toda uma parodia?
2.     Eu, como o conjunto inteiro onde vivo, pagamos sempre a CAGECE um valor relacionado num esgoto que não existe. Parece brincadeira, mas é verdade: talvez que a Autarquia esteja conservando os valores para realizar a obra? ... Pinóquio!!!
B.    COELCE
3.     Outra, que Autarquia não é, mas age como se fosse, é a COELCE (Companhia Concessionaria pela distribuição de Eletricidade no Ceará) que, através do boleto mensal, embolsa valores impressionantes relacionados à “Iluminação Publica Municipal”. Este dinheiro, que é dos Municípios, está nas contas da Concessionaria! Come as Secretarias competentes usam esta conta e onde as publicas sendo na mão de terceiro? Para maior tranquilidade gostaria que a Concessionaria recebesse o que lhe compete, como o Município fosse competente por o que lhe pertence.
É aqui que insurge e se identifica o atraso cultural do nordeste do Brasil: há uma geração que os brasileiros conseguiram remover o sistema ditatorial que mandava na Nação inteira, mas a revolução está inacabada: se estamos assistindo numa alta rotatividade de Políticos e Administradores Públicos, ainda existe o autoritarismo exasperado e irritante de Autarquias que estão raizadas no território. Eles justificam-se falando que elaboram regras mais pertinentes ao setor, para mostrar mais conforto ao usuário. Acham que nós somos gentes ingênuas? De verdade quem faz uma regra, sabe também como contorná-la: não necessitamos de regras a mais, pelo contrario precisamos que venham simplificadas as existentes e sem especificá-las.
Até mais,
Armando Cappello

domingo, 14 de agosto de 2011

OBAMA’S PENDULUM

Caro Obama, eu acho que Sarkozy e Berlusconi não gostaram muito esmagar com novos impostos os próprios cidadãos enquando estavam de férias.
É claro que para quem governa os culpados são os políticos; pelo contrario, para os políticos a culpa está toda no governo... mas gente, nasceu para primeiro o ovo ou a galinha? O jogo dos quatros cantos é antigo como o mundo e não tenho lembrança dum politico que assumiu gratuitamente a culpa dum crime cometido; ao máximo lembro-me dum politico que admitiu a própria responsabilidade, mas adicionando logo que a dele não era crime porque era o sistema na sua globalidade, que favorecia a atitude denunciada: segue que “todos culpados, todos inocentados: a criminosa é a Sociedade, ou seja, o povo!”. Costumo opinar acontecimentos e não pessoas e por isto digo só, como nota de crônica, que este politico deveu fugir da sua terra e faleceu em “exílio”, parece numa mansão paradisíaca de propriedade e com vista para um dos mais belos mares do mundo.
Depois existe sempre quem gosta montar nas “montanhas russas” e, no sobe e desce financeiro, transformam-se em especuladores sem escrúpulos que lucram a vida nas costas das perdas de outros: vamos quantificar a perda financeira liquida, em valores e não em percentagem, acumulada pelas Bolsas de Valores Mundiais do dia 01 ao dia 12/08/2011 (duas semanas uteis de trabalho)? E uma vez determinada a quantia, vamos equipará-la àquela que faltava ao Governo dos EUA (se não erro +/- 1 trilhão de US$), valor  que colocou em xeque as finanças globalizadas.
Não se pode criar um procedimento por danos contra os EUA por haver provocado o prejuízo em palavra ás outras Nações? Estes tipos de Políticos e de Governantes não são equiparáveis aos Ditadores denunciados perante o fórum de crimes de Haia? Ou isto não é viável porque eles mesmos são o “Deus ex machina”?
Vamos ver se o “Obama-pensamento” vai materializar-se come magica, no “Obama’s pendulum”:
1.     A queda do US$ acompanharia consigo as moedas num efeito pêndulo, onde as nações com mais US$ nos próprios cofres, ficariam mais perto ao EUA neste mergulho;
2.     Isto criaria uma ampla onda inflacionaria a partir das commodities e logo estendendo-se aos mercados todos (efeito globalização);
3.     No “Obama’s Pendulum” as Nações que mergulhariam por primeiras seriam também as primeiras boiar.
Mas se China, Inglaterra, Canada, Brasil,... têm a vantagem indicada (US$ no próprio bolso), os outros Países quais Japão, Alemanha, França, Russia, Italia,... vão deixar isto acontecer? Lembra-me muito o filme “Um Golpe de Mestre” com Paul Newman e Robert Redford, mas esta é toda outra historia...
Saudações e á próxima,
Armando Cappello

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A PRESIDENTA E A SARGENTA

Antes de iniciar a exposição deste argumento quero declarar que eu sou politicamente agnóstico, ou seja, penso que a politica deve ser usada para favorecer a gente e não que a gente venha usada por fins políticos, como os partidos fazem normalmente nas campanhas eleitorais.
Mas vamos adiante. Um proverbio latino recita “audaces fortuna juvat”; a tradução é “a sorte favorece os fortes”, onde “fortes” são os “audazes” ou “determinados” ou “ousados”, mas sempre conscientes da situação que estão vivendo, ou que vão enfrentar, em modo equilibrado e não ariscado.
Isto é o conceito que mais pinta o ex-Presidente do Brasil, o Sr. Lula: ele consegui contornar-se de pessoas adequadas ás situações e aos tempos, os quais, a sua vez, se auxiliaram por pessoas competentes do ramo. Um conjunto de pessoas que formaram um time e não uma equipe: um time que se move criando sinergias no atingir objetivos em conjuntos, não uma equipe que é um grupo que se move arranjando metas. Em 8 anos de governo, enfrentaram situações muito favoráveis, como muito complexas também, mas o Sr. Lula sempre tomou as decisões que menos desgastavam os relacionamentos políticos internos: este atitude o fiz tornar um dos maiores Estatista de nível mundial de inicio do 21º século, pois sempre colocou na frente o interesse geral da Nação, nunca julgando, sempre prestando atenção aos efeitos futuros que cada escolha teria causado, e sem preocupando-se de ser ou de aparecer, mas de representar o Brasil.
Depois de 7 meses de governo o conceito que tenho da atual Presidente, a Sra. Dilma, é bastante diferente. O governo dela aparece desagregado no seu interno, ou seja, mais uma equipe que um time, onde cada um procura arrumar objetivos em modo isolado. No período considerado esta equipe subiu alteração numa media de 1 ministro por mês: parece que a Presidente é mais uma pessoa que está comandando os seus ministros e não dirigindo-os. Percebo, mas posso estar errado, que ela é uma Insigne Técnica e o trabalho dela está no visar o presente, deixando para outros as perspectivas funcionais ligadas ao futuro.
É claro que existe o presente, mas estamos fora de momentos críticos e a atualidade deve ser desenvolvida por Técnicos oportunamente escolhidos e que a deve desenvolver longo uma estrada prefixada.
O que preocupa hoje é o dia de amanhã, incluída a Copa e a Olimpíada, que envolve escolhas estratégicas quais, entre os outros, os setores das:
·         Comunicações – sistemas dos Voos (incluídos os Aeroportos), das Rodovias (incluídas os terminais Rodoviários), das Ferrovias e dos Metros (incluídas as estações), além da coordenação de todos estes em interligações sinergéticas;
·         Telecomunicações – redes Telefônicas, Internets, Rádio, Televisivas, incluído o possível uso das linhas elétricas pela distribuição da internet;
·         Energias renováveis – Vento, Sol, Corrente marina e fluvial, Marés, Biomassa, incluídos o uso do lixo, seja orgânico que inorgânico.
Estes são umas das escolhas estratégicas que devem ser feitas hoje para melhorar o amanhã dos brasileiros: mas presta bem atenção em separar a parte estrutural daquela funcional. Faço um exemplo para ser entendido melhor.
A telefonia pode ser dividida em duas partes:
i.              Parte Estrutural são as linhas físicas, feitas de cabos ou de sistema que transmite e recebe: as linhas são importantes para a Sociedade Brasileira porque são “percursos” fundamentais na vida do dia a dia e precisa tempo para superar as dificuldades para deslocar fisicamente estas linhas.
ii.             Parte Funcional são os serviço prestado por Companhia de Telefonia a fim que as comunicações possam ser veiculadas: estes serviços vêm prestados acessando as “vias de comunicação”, os quais podem ser oferecidos por mais Organizações Privadas numa concorrência de mercado livre.
Este tipo de conceito deve ser aplicado em todos os setores estratégicos, como o do “trem bala” que deveria unir os aeroportos de Campinas – São Paulo – Rio de Janeiro onde uma coisa são as linhas e outra coisa são os trens; onde a obra não deve visar unicamente os trechos mencionados, mas devem interligar os aeroportos ás respetivas cidades com oportunas linhas metropolitanas: os trechos físicos devem ser de propriedade publica e oferecidas por Empresas Privadas que disponibilizam o serviço de tais linhas.

Sra. Dilma te auguro mil sucessos, mas depois de ter depurado e limpado os gabinetes de vários ministérios (coisa que deve ser feita! também se não organizada pessoalmente), vai ainda existir prazo para Você pensar ao futuro do Brasil?

Cordialmente,
Armando Cappello

Resposta a “O QUEIJO DA REDE GLOBO”

Devo declarar que me retenho satisfeito pela manifestação de culpa que a Rede Globo forneceu domingo atrasado, 07/08/2011, no mesmo programa semanal onde, na programação da semana retrasada do dia 31/07/2011, foram cometidas as omissões evidenciadas por este Blog no artigo "O Queijo da Rede Globo". Não foi uma admissão de erro cometido, mas esclareceram que os produtos tratados eram de produção nacional: o tudo obviamente em modo jornalístico e no meio dum giro de palavras.
Parabéns pela postura da qual eu nunca tive duvida, obrigado pela transmissão que gosto muito, e mil augures para uma boa continuação dum frequentador habitual dos Vossos programas jornalísticos.

Atenciosamente,
Armando Cappello

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O QUEIJO DA REDE GLOBO

Menor é o tempo disponível, maior é a confusão que vem criada: usamos falar sempre mais de pressa para correr atrás dum prazo que já passou e, por isto, sintetizamos conceitos em palavras sempre mais concisas para mostrar a nossa competência. Assim nascem siglas comprimidas que, muitas vezes, têm significado somente para quem as está usando e quem escuta gasta mais tempo para descomprimir as siglas, que para entender os conceitos nelas atrelados.
Domingo atrasado eu estava assistindo um programa televisivo que relatava resultados de analises sobre queijos e feitos pela Inmetro. Eu adoro os queijos! E queria confrontar-me com alguém da Rede Globo sobre omissões conceituais que a mesma elidiu: o debate verteria no relato que foi feito sobre produtos quais a “Muçarela” e o “Parmesão”, entre outros. Devo anotar que na Itália vêm produzidos os queijos “Mozzarella” e “Parmigiano” e é fácil criar enganos, com conseguintes prejuízos, referindo sobre queijos com nomes quase idênticos, mas totalmente diferentes: sem ser separado conceitualmente, um vai denigrar aquele ao qual está emparentado por denominação. A diversidade entre os dois produtos é tão grande que nem o uso do termo “tipo” (“tipo Parmesão” ou “tipo Muçarela”) pode ser aplicado.
O nome da minha mulher é Diana e o nome duma minha prima é Nadia: ambos os nomes usam as mesmas letras (ingredientes), mas representam duas pessoas distintas e diferentes.

1º Parmigiano
É abreviado em Parmigiano, mas na realidade o seu nome verdadeiro é Parmigiano-Reggiano. O nome deste tipo de queijo deriva dá área geográfica onde vem produzido o leite  que é localizada no norte da Itália (Parma – Reggio Emilia – Modena – parte de Bologna – parte de Mantova): o fato é que nesta região existem alimentos (gramas e água) e clima que em outros lugares são diferentes.
Outro queijo, sempre produzido no norte da Itália e quase idêntico ao anterior, foi denominado Grana Padano por respeito ao conceito da “diversidade”: o tipo de produção é a mesma e na aparência são iguais, mas os aspetos nutritivos são diferentes.
O que foi mencionado na transmissão televisiva foi o produto “Parmesão”, um queijo que vem produzido numa distancia de 9.000 km, com vacas, leites e ares desiguais, além de ser envelhecido em climas diferentes: não tem nada ver com o homónimo Parmiggiano.

2º Mozzarella
Este produto é feito com massa de queijo filado, ou seja, o trabalho consiste em continuar enrolar tiras de massa de queijo, ao fim de criar várias camadas sutis que aprisionam leite fresco dentro deles. O que foi mencionado na transmissão televisiva foi o produto “Muçarela” que é um produto com massa de queijo prensada. Sem ulteriores explicações a “Mozzarella” é um produto que se deve consumir fresco (vence numa semana), ao contrario a “Muçarela” é um produto que se pode consumir envelhecido.
Além do tipo de produção e do prazo de consumo, as diferencias nutricionais são enormes: é um produto totalmente diferente.

Imagina qual engano pode ter causado aos espectadores da transmissão duma Emissora assim prestigiada no mundo inteiro, com o uso de denominação de produtos os quais nomes estão aos limites da concorrência desleal. São siglas (nomes) que identificam conceitos nutricionais diferentes e produtos nem similares: porque a Rede Globo não explicou a diferencia? Ou, pelo menos, porque não diz que os produtos considerados no programa eram de produção nacional e que tinham nada ver com os produtos dos quais derivavam somente os nomes?
Aguardo que alguém da Rede Globo apareça para debater este imperdoável deslizo que pode embaraçar usuários desta renomada Companhia Televisiva.

Atenciosamente,
Armando Cappello

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

JUDICIÁRIO VS. LEGISLATIVO

Estou gostando das noticias que a mídia está transmitindo a propósito de investigações de políticos e administradores públicos: acho ótimo porque, além do respeito das Leis, estes ações procuram tirar dá politica Oradores astutos e Sedutores charmosos, que somente degradam os Poderes Públicos, Federal – Estadual – Municipal, reduzindo-os em meros negócios econômicos particulares.

Entrar limpos na Política
Na Itália em 1980 Sandro Pertini quando era Presidente da Republica, falou: "Quem entra em Política, deve ter as mãos limpas"; numa minha livre interpretação pessoal, isso significa "pelo menos entrar limpo na Política, porque o que vai acontecer depois... ninguém sabe".
Sempre na Itália existe um proverbio que recita: "Quem entra no moinho, se enfarinha", ou seja, não existe modo de sair limpo para quem entrou num moinho; em modo mais explicito, “Quem entra na politica, querendo ou não, sai poluído” e este conceito vale pelo mundo inteiro. Para desculpar os políticos foi introduzido o conceito do “quantum”, como se a falta de honestidade fosse um pecado venial ou mortal, conforme uma escala de valores econômicos.

Avaliação dum Político
Peço desculpa, mas uma pessoa é honesta ou desonesta: esta atitude não é uma qualidade que se possa purificar colocando a própria consciência numa lava-roupa.
Como podemos julgar o trabalho dum politico, ou seja, avaliar se merece ser eleito? Estabelecido que a métrica da honestidade deve ser excluída a priori, podemos avaliar o candidatos através do que ele fizeram, ou seja, a quantidade e qualidade de obras que foram feitas (terminadas) ou programas que foram desenvolvidos (iniciados e levados até o final). Estes indicadores mostram a propensão e a maneira de como o candidato usa a própria visão, politica – econômica – social, para desenvolver a área na qual operou.
Preciso evidenciar que estou tratando dum assunto POLITICO e ADMINISTRATIVO, não JURIDICO, e por isto como a Constituição, que prevê três Poderes, não devemos confundir a função do Legislativo, com do Executivo e com do Judiciário.
No Judiciário e precisamente na esfera Federal, existem:
·         A Magistratura, a qual tem a função de condenar os réus e orientar as decisões jurídicas futuras.
·         A Polícia, junto o Ministério Público, têm as funções de indagar os indiciados e procurar os culpados.

Aspectos Sociais Relevantes
Mas o Poder Judiciário não se deve intrometer em aspectos Políticos, como fiz recentemente o Supremo no caso dos homossexuais. Estes tipos de assuntos precisam de certezas absolutas, a qual não pode derivar por Julgamentos, mas através a promulgação de Leis: Aspectos Sociais Relevantes e com carácteres extensivos, apresentam diretos que não podem depender duma interpretação da Constituição, mas se devem basear na divulgação de Lei para não deixar espaços a interpretações arbitrarias e aleatórias.
Vamos lá e consideramos a função da Justiça Federal como "administrativa", ou seja, para controlar que os interesses particulares não pisam em cima dos gerais.

Política e Democracia
No dia de hoje um Político precisa gastar valores significativos crescentes para ser eleito e é obvio que ele considera o custo qual um investimento que será amortizado na vigência do mandato. Não estou aqui para julgar este aspecto (que existe!), mas para considerar o "investimento" como a causa que motiva o Politico criar o efeito consecutivo, que é a receita ilícita (recupero da despesa + lucro). A Polícia, através das indagações, e a Magistratura, através das sentenças, deveriam atingir a redução do volume destes proveitos ilícitos: isto diminuiria o investimento inicial, assim dando a um numero crescente de pessoas a possibilidade de candidatar-se: uma Democracia se enriquece através o aumento e a melhora do dialogo politico o qual pode crescer ampliando a base de pessoas elegíveis e o turn-over de candidatos.

Judiciário pune e Legislativo resolve
Espero só que no Brasil não aconteça o que aconteceu na Itália. Em 1991 a Promotoria de Justiça de Milão abriu um arquivo virtual (nº 9.520) que deu origem ao noto processo de “Mãos Limpas”: com a Sentença foram atingidas pessoas e derrubados organizações de interesse político-financeiro de altíssimo nível; mas o tudo acabou numa caça ás bruxas onde o País perdeu Políticos, que eram Estatistas de nível Internacional, para ser substituídos com mercantes sem escrúpulos e vestidos de políticos. Em outras palavras: "A Justiça puniu os culpados, mas não atingiu a resolução do problema que está na raiz da sociedade: qualquer assunto de caráter social relevante só pode ser solucionado pelo Poder Legislativo".

Por tudo isso e digo: Força Policia Federal! Os honestos, que são a grande maioria, estão torcendo por Vocês! Não pensam de trabalhar a toa, pois o efeito do Vosso trabalho vai ser encontrado no futuro, quando novas gerações entenderão os problemas e os resolverão.

Atenciosamente,
Armando Cappello