A palavra Globalização significa “união de marcados a nível mundial”.
Mas Vocês nunca vos pediu quem são os atores de tal ação?
Explico-me
melhor.
Uma ação é nada
mais o efeito de uma causa anterior, ou seja, existe um ator ativo, que causa a
ação, e um ator passivo, que sofre o efeito de tal ação.
Dado que a ação “causa/efeito”
não é fim a si mesmo, sempre se verifica que o efeito transforma-se em causa,
dando assim origem a efeitos/causas subsequentes e concatenados.
Portanto, tal
definição pode ser explicada como “processo
através do quais mercados – produtos – consumos – modos de viver e pensar
tornam-se conjuntos em escala mundial”.
É um verdadeiro
emaranhado de conceitos onde uma pessoa ou se desanima e acaba aceitar
passivamente tal ação, ou se rebela e ativamente vai contra ao efeito.
Mas como se pode
combater um efeito? Com certeza não chocando em um feito abstrato: Dom Quixote
já tentou, demonstrando a inutilidade de opor-se à concatenação de eventos (efeitos).
Podemos
simplesmente somatizar o efeito (Globalização)
e criar causas para influenciar os subsequentes efeitos, assim interferindo na concatenação
das ações.
Por que nasceu a Globalização?
Este processo quer
mostrar-nos a exigência e a necessidade que temos de homogeneizar as nossas
estruturas organizacionais; que é inútil opor-se às transformações naturais da
existência humana; que quem se opôs, atrasou os efeitos e assim criando
desconforto e dores aos povos.
As defesas são
intrínsecas à nossa especificidade e não estão nas barreiras econômicas, que
podem criar divergências, atritos e guerras. É a natureza que nos ensina como
fazer, fornecendo-nos instrumentos para evitar a nossa massificação, impedindo que
nós nos transformarmos em meros consumidores de produtos globalizados e, por
isso, não naturais.
Portanto, se
Globalizar significa “Homogeneizar
mercados – produtos – modos”, nós podemos inserir variabilidades nas
escolhas (pensar) de consumos de
produtos oriundos de mercados locais. E esse é um aspecto totalmente natural,
pois os produtos, sobretudo alimentares, nada mais são a expressão geográfica da
natureza. Em todas as partes existem regionalizações: a cebola produzida no
Brasil é diferente daquela produzida na Europa. Se aprofundarmos o especifico, temos
localizações ainda mais extremas: na Itália temos a produção da “Cebola roxa de
Cavasso” (município da província de
Pordenone – Friuli) che é totalmente diferente do “Lampascione” oriundo do
Gargano (municípios da província de
Foggia – Puglie). Ambas são da família das cebolas, mas as diferencias está
no clima e no solo. Como também não podemos produzir “Castanha do Caju”
na Europa, ou a “Castanha europeia” no Brasil.
Poderia proceder com
mais produtos que identificam áreas geográficas especificas (confeitarias, destilados, legumes, queijos,
vinhos...), mas isto se tornaria chato.
Temos uma cabeça,
procuramos de usa-la e não de joga-la fora.
Atenciosamente,
Armando Cappello
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