quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

CULTURALIZAR NÃO É GLOBALIZAR (português)

Clima descontrolado, guerras armadas e de poder, genocídios ou homicídios de massa: somos sempre nós os Autores e Atores de tudo isso, com as nossas ideologias sociais e teorias cientificas.
Ideologias e Teorias são só ideias:
- concebidas pela nossa mente;
- condicionadas por fatores espaço/temporais (que favoreceram o próprio nascimento);
- determinadas por exigências e/ou desejos de desenvolvimento;
- ligadas a uma determinada época histórico/social.
As mudanças do staus quo existente levam-nos a interpretações pessoais erradas, ou seja, os fatos vêm observados com os olhos de ocasião e em ambiente onde nos estamos; pelo contrario uma analise objetiva acontece posteriormente e fora da influencia política daquele espaço contingente.
Marcado isso, acho seja a hora de parar de “fazer um passo atrás” para observar melhor os acontecimentos, assim deixando de serem conservadores. Procuramos invés de “fazer um passo na frente” para preparar o terreno para o que vai acontecer, assim transformando-nos em progressistas.
Se Cultura significa “complexo de atitudes-conhecimentos-costumes-hábitos-crenças que caracterizam um grupo humano”, é obvio que, no interno de um conjunto de comunidades, cada uma delas procurará conquistar um próprio espaço político e isso à custa de qualquer outro grupo heterogêneo oponente.
O período que estamos vivendo é a vanguarda de diásporas que, passando por evoluções dolorosas, ajudarão o desenvolvimento da humanidade através o absorvimento de características antecedentemente exógenas aos grupos.
Para mim a cultura do ser humano baseia-se sobre 3 pilares:
1- o material (a vida física do presente);
2- o espiritual (a aceitação do incompreensível);
3- o psicológico (a procura de melhorias do estado de ser).
Atualmente, o fundamentalismo cultural destes 3 pilares desenvolveu conflitos entre grupos morfológicos diferentes: atritos sociais (originados por fluxos migratórios) fizeram boiar contrastes entre adeptos de religiões monoteístas diversas (com a mesma raiz, Deus, mas usadas a fim de incrementar o próprio faturamento de fiéis) e os quais atritos dispararam conflitos ideológicos entre interesses culturais contrapostos (políticas mundiais direcionadas por doutrinas oportunistas).
Está intrínseco no homem defender os próprios recursos juntando-se e fechando-se em grupos homogêneos, mas a história mostra a inutilidade de tal postura, pois o “conservar” sempre perdeu contra o “progredir”. De fato as atuais tendências políticas (estruturas mundiais do poder) favorecem o velho respeito ao novo, barrando a rua a inovações naturais como uma cultura integrada mais abrangente (no respeito daqueles locais), como um laicismo religioso (separação entre social e religião) e como o reconhecimento da liberdade da propriedade do patrimônio intelectual a nível mundial, que deve ser individual e pessoal (formas, ideias e modos).
De Platão à Constantino existiu um crescimento cultural enorme, que se cristalizou com o desmoronamento do Império Romano de Ocidente; e isto liberou espaço à busca de novos conceitos sociais que chegaram a fim da Idade Média. Aqui nasceu o Humanismo que abriu as portas à “Dignidade do ser humano” que, a sua vez, foi o berço do Iluminismo, ou seja, “o homem que crê em si mesmo”.
Essa “fé no homem”, que acabou substituindo Deus com Eu, chegou ao fim; é a hora de iniciar a busca de novas fontes de inspiração, que nos levem a crer em um “relacionamento humano” inovador, não mais baseado na exploração recíproca, mas na mútua colaboração.
Neste novo movimento de pensamento, os Lideres das Igrejas monoteístas deverão mover-se por primeiros, através escolhas menos integralistas e no reconhecimento das mesmas raízes religiosas, assim deixando a opção de a cada um de nós, renunciando de instrumentalizar as próprias estruturas eclesiásticas a fins ecumênicos.
Desarmado o estopim religioso, os políticos terão mais campos livres no envolver os cidadãos em uma interação e integração entre culturas; assim poderia abrir-se uma nova porta em direção de um bem-estar social e global.
Isto não vai acontecer amanhã... mas antes nós se encaminhar em direção deste rumo, melhor será para todos nós.
Força gente!!! Iniciamos mover-se, fazendo as nossas escolhas, e não deixando-nos puxar por outros, ou seja, não permitir outros decidir por nós.
Atenciosamente,
Armando Cappello

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