sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Cambiar ou Mudar ou Transformar-se… ou melhor Adaptar-se?

Era uma vez uma lagoinha de água muito pequena onde se fundiam três valinas. Esta lagoinha, que ficava a 500 mt da minha casa, estava cheia de vida e cores; era o meu reino porque eu passava horas observando borboletas multicoloridas e libélulas esvoaçando alegremente e onde os girinos, felizes e saindo da água, se transformavam em rãs. Era a vida que nascia e si evoluía; eu tinha entre 8 e 10 anos. Agora estão casas, alcatrão e cimento.

Sempre á mesma idade, os domingos era costume a minha família fazer visita á avó materna. O nome dela era Elvira, mas para todos era Amável pelo seu modo suave de tratar as pessoas. Muitas vezes ela se repetia, mas o que mais importava pra ela era o seguinte conceito: “Armando, Você não deve ter medo de usar as coisa, pois Deus as criou para que os homens possa utilizá-las; mas sempre lembra-te de respeitar o próximo, pois assim também os outros te iriam respeitar”. O que estamos vivendo nesta época é que a humanidade está amando as coisas e usando o próximo.

Aos 16 anos, no colégio fiz amizade com o padre de religião, dom Gianfranco, o qual tornou como o meu irmão mais velho, que não tenho. Tenho uma irmã mais velha, Fernanda, mas nada de irmão. Quando nos se encontrava, no escritório dele próximo á catedral, trocávamos opiniões de vários tipos. Eu havia 19 anos quando falei com ele sobre um meu conceito ídeo-político que havia elaborado recentemente: “As coisas indispensáveis não devem estar á venda, mas disponibilizados igualmente para todos: habitação, sanidade, medicamentos. Todo o mais que é produzido faz parte do livre mercado”. A isto, que eu expliquei aqui de forma extremamente condensada, dom Gianfranco exortou dizendo: “O teu é um conceito liberal-socialista”. Se nós se olhamos de volta, as ideologias, ou seja as lógicas das ideias, não existem mais. Antecedentemente os partidos visavam o “bem comum”; agora visam o “bem” das agregações que os financiam, através de contribuições em dinheiro ou votos; simplesmente os partidos se transformaram em Corporações.

Estas três fotografias não são para julgar, mas para observar como tudo se transforma com o passar do tempo.

Antes de passar para aspectos estendidos ao planeta e num intervalo de tempo de só 15 anos, de 2007 até 2022, quero abrir duas parênteses: Globalização e EURO.

GLOBALIZAÇÃO (https://it.wikipedia.org/wiki/Globalizzazione)

«A globalização (conhecida também como mundialização) é o fenômeno causado pela intensificação de trocas econômicos-comerciais e de investimentos internacionais em escada mundial que, nas décadas entre os séculos XX e XXI, cresceram mais rapidamente que a economia mundial no seu complexo, com a consequência duma tendencialmente, cada vez maior, de interdependência das economias nacionais; coisa que levou também para interdependências sociais, culturais, politicas, tecnológicas e sanitárias cujos efeitos positivos e negativos têm relevâncias planetária, juntando os comércios, as culturas, os costumes, os pensamentos e os bens culturais.»

Devo adicionar um aspecto que falta nesta descrição, extrata da Wikipédia: os pagamentos eram feitos em US$ e isto agia a favor da moeda de referência.

EURO (https://it.wikipedia.org/wiki/Euro)

O complexo dos países da União Europeia, informalmente denominados EUROZONA, agrega uma população com mais de 343 milhões de habitantes; tomando em consideração também aqueles países terços que utilizam dinheiro ligado ao Euro, esta moeda interessa mais de 480 milhões de pessoas no mundo inteiro. A sua circulação iniciou o 01/01/2002.

Não quero entrar no conceito do Euro, que existe e que deve ser aceito com as sua consequências, positivas ou negativas que for; mas quero fazer uma consideração sobre a União Europeia, entidade que a parturiu.

UE, ou seja União Europeia dos Estados e não das Nações. Os Estados são entidades politicas, invés as Nações são entidades culturais. Se os Estados procuram vantagens políticos, as Nações procurariam principalmente vantagens culturais. Porquê todos os estados membros não dão um passo atrás, desagregando-se a favor da formação de Nações também transfronteiriço? Como exemplos, entre outros, a Savoia, o Tirolo, a Eslovênia… assim as coesões e os interesses agregariam mais a União Europeia das Nações, assim criando também a possibilidade do nascimento duma Constituição verdadeira, á qual as leis de cada síngula Nação iriam respeita-la e não o contrario, ou seja, que a Constituição esteja obrigada a respeitar as leis dos Estados membros.

Uma Constituição deve conter somente Princípios e Valores aos quais as Leis e os Códigos devem respeito... mais na frente iria voltar novamente neste conceito.

1. População mundial

Além do aumento de 23% da população de 2007 até 2021, igual a +23% (TAB. A), se pode ver como o crescimento em áreas urbanas seja quase três vezes maior daquelas rurais. Isto significa também aumento de concentrações comerciais, econômicas, sociais e sanitárias.


2. Megalópole

aglomerações urbanas com mais de 10.000.000 de habitantes

A mais do aumento de 19 para 33 as megalópoles em 11 anos (de 2007 até 2018), o que impressiona é numero médio dos habitantes que passou de 15.000.000 para 16.000.000 de habitantes.

Além disso, pode-se notar que o aumento substancial ocorreu nas áreas dos Não Alinhados e dos G20 Emergentes, enquanto nas áreas dos G20 Avançados o aumento foi modesto.

Iniciamos agregando umas “fotografias”:

- a globalização agrega interdependências sociais, culturais e politicas às quais devemos, sobretudo nas áreas G20 Emergentes e Não Alinhados, inserir o crescimento da procura de tecnologias, modas e serviços sanitários quase nunca á altura. Tudo combinado com as necessidades econômicas que faltam nessas áreas identificadas.

- a migração que vai em direção das áreas com maior aglomeração urbana, busca também uma maior disponibilidade econômica.

3. Divida Pública Mundial e Produto Mundial Bruto

Além da relação de 2007 e 2021 que ficou estável, ou seja Divida = Produto x 3,5 (vê TAB. C), se pode notar como a tesoura do 55% se ampliou em modo totalmente diferente, pois está concentrada sobretudo nas G20 Avançados e os Países não Alinhados.

4. Crise Financeira do 2008

Crise iniciada o ano antecedente, 2007, e derivada por dividas não paga. Vou ser sucinto explicando como os políticos, dos atuais G20 Avançados, decidiram resolver o problema imprimindo centenas de bilhões de dinheiro com 0% de juro.

Procuro explicar-me melhor. A divida maior foi da Lehan Brothers a qual faliu deixando US$ 4.000.000.000 de devida não paga, mas as insolvências globais totalizaram centenas de bilhões de US$, pois envolveu o sistema inteiro e alastrando outros bancos e seguradoras que compravam ou garantiam esses créditos. Para lidar com as falência a cadeia de instituições bancárias e de seguros, que são os pilares do sistema econômico, o Governo USA concordou com a FED, Banco Central USA, de introduzir dinheiro novo no mercado através da emissão de títulos de dívida pública, mas com 0% de juro, assim não pesaria aos estados o ônus financeiro por tal operação.

Devemos entender que se eu tenho um capital dum valor de 1.000 e o faço representar com 1.000 dividas ao portador (cédulas), significa que cada cédula de 1 divida representa a milésima parte do meu capital. Se eu dobro o numero das cédulas, ficando igual o capital, cada cédula se depreciaria do 50% representando um valor de 0,5 e não mais de 1 (chama-se INFLAÇÃO).

Os USA aumentaram o numero das cédulas, mas mantiveram inalterado o valor delas com a consequência que os credores ou quem liquidez em US$, se encontraram na mão com valores reduzidos. A minha mente vai sobretudo aqueles Países que viviam de exportação de matérias primas: se encontraram com créditos em US$ restringidos, mas também com os valores das matérias primas reduzidos. Tais operações não pararam nos USA, mas se espalharam para todos os G20 Avançados. Neste modo foram exportadas as dividas, nascidas nos Países de origem, mas comercialmente absorvidas pelo G20 Emergentes e, sobretudo, pelos Países não Alinhados.

5. Princípios e Valores

Todos nós vivemos em áreas geográficas e climáticas que se diferenciam entre eles e diferencia-nos uns dos outros. O clima e a geografia criam a história a qual elabora, no dia a dia, as nossas arte, gastronomia, relacionamentos, comicidade… ou seja, em cada área geográfica nasce uma cultura própria. Esta cultura dá origem a uma Nação a qual, através da escolha de Princípios e Valores, cria a fundação dum Estado. Esta é a forma natural do nascimento dum Estado que se funda numa Constituição que, a sua vez, define as diretrizes para as Leis e os Códigos próprios daquele Estado.

Mas um Estado pode nascer em modo natural, como logo escrito, mas também por imposição com a unificação de dois ou mais Nações.

Em 14 anos, do 2007 até o 2021, a população mundial aumentou do 23%, ou seja, de 1.500.000.000 de habitantes e tal incremento se concentrou mais nas áreas urbanas (+1.100.000.000) que naquelas rurais (+400.000.000). Isto não foi devido a fatores de nascimentos, mas principalmente por migrações de famílias, com carência econômica, em busca de compensar também novas necessidades seja tecnológicas que de modas.

Se depois nós observamos os dados logo abaixo, entendemos como este incremento, acontecido entre o 2007 e 2018, concentra-se no crescimento de Megalópoles principalmente nos G20 Emergentes, com um aumento do 93% igual a 273.900.000 habitantes, e nos Não Alinhados (países pobres), com um aumento do 158% igual a 141.400.000 habitantes. Em valor absoluto e em 11 anos, o aumento de concentração urbana em megalópoles foi de 415.300.000 habitantes, ou seja quase 40.000.000 habitantes por ano: come se migrassem todos os habitantes do Canada… cada ano!

Se nós aprofundarmos o tema, veremos como ocorreram as maiores mudanças nos G20 Emergentes e naqueles Não Alinhados, onde as necessidades econômicas, habitacionais e de saúde são mais deficientes.

Todas essas pessoas que se mudam levam consigo também a própria cultura que, muitas vezes, se choca com aquela para qual se dirigem. Basta pensar ao conflito religioso, além de outros: a religião é uma fé, ou seja, dita princípios e valores indiscutíveis sobretudo por pessoas que migram e que, normalmente, não possuem uma preparação intelectual suficiente para aceitar uma outra religião, pois só a deles é a certa.

Se a estas movimentações sócio demográficas vamos juntar como o G20 Emergentes agiram nos últimos vinte anos:

a) inseriram o instrumento massificador da globalização;

b) exportaram a própria depreciação interna para outros Países, assim resolvendo os problemas internos surgidos com a crise financeira do 2008;

podemos observar como tal atitude choca contra a existência dos outros.

As guerras nunca resolvem os problemas, pois criam só destruição e dividas.

A solução melhor, neste mundo que está mudando os princípios existentes e procurando impor valores novos, seria aquele que cada entidade política nomeasse próprios representantes (economistas, sociólogos, filósofos, cientista políticos...) para que se sentam ao redor duma mesa e discutissem os princípios e os valores mais consoante, pois este planeta possa desenvolver-se vivendo em paz.

Se vive tudo mundo junto, procurando a integração e não a massificação de pessoas com o único fim do consumismo.


TAB. A

1. População mundial

Habitantes 2007: 6.500.000.000

em áreas urbanas 3.300.000.000

em áreas rurais 3.200.000.000

Habitantes 2021: 8.000.000.000, ou seja + 23%

em áreas urbanas 4.400.000.000, ou seja + 33%

em áreas rurais 3..600.000.000, ou seja + 12%

Atualmente se pode subdividir os habitantes do planeta em 3 áreas “politicas”:

- G20 Avançados 1.100.000.000, ou seja 13,75%

- G20 Emergentes 3.900.000.000, ou seja 48,75%

- Não Alinhados 3.000.000.000, ou seja 37,50%

TAB. B

2. Megalópoles
aglomerações urbanas com mais de 10.000.000 de habitantes

2007 Total habitantes nas 19 megalópoles: 284.800.000 

(https://www.ariannaeditrice.it/)

G20 Avançados

Tokyo e Osaka (Japão), Nova York e Los Angeles (USA), Istanbul (Turquia)

com um total de 88.600.000 habitantes

G20 Emergentes

Bombeei, Délhi e Calcutá (Índia), São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil), Shanghai e Pequim (China), Moscou (Rússia), Buenos Aires (Argentina), El Cairo (Egypto)

com um total de 141.500.000 habitantes

Não Alinhados

México City (México), Dacca (Bangladesh), Karachi (Paquistão), Manila (Filipinas)

com um total de 54.700.000 habitantes

2018 Total habitantes nas 33 megalópoles: 529.000.000, + 85%

G20 Avançados

Tokyo e Osaka (Japão), Nova York e Los Angeles (USA), Paris (França), Istambul (Turquia)

com um total de 113.700.000 habitantes, ou seja + 28%

G20 Emergentes

Délhi, Bombeei, Calcutá, Bangalore e Chennai (Índia), São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil), Shangai, Pequim, Junquem, Tianjin, Cantão e Shenzhen (China), Moscou (Rússia), El Cairo (Egypto), Buenos Aires (Argentina), Lagos (Nigéria), Bangkok (Tailândia)

com um total de 273.900.000 habitantes, ou seja + 93%

Não Alinhados

México City (México), Dacca (Bangladesh), Karachi e Lahore (Paquistão), Manila (Filipinas), Cuinchasse (Congo), Bogotá (Colômbia), Jacarta (Indonésia), Lima (Peru)

com um total de 141.400.000 de habitantes, ou seja +158%

TAB. C

3. Divida Pública Mundial e Produto Mundial Bruto

Produto Mundial Bruto US$ 39.000.000.000.000

Divida Pública Mundial US$ - 143.000.000.000.000 PMB x 3,5

Diferença US$ - 104.000.000.000.000

2021 (https://www.formiche.net/2021/12/debito-mondo-fmi-italia/)

Produto Mundial Bruto US$ 64.000.000.000.000

Divida Pública Mundial US$ - 226.000.000.000.000 PMB x 3,5

Diferença US$ - 162.000.000.000.000 + 55%

(www.econopoly.ilsole24ore.com/2021/01/29/debito-pubblico-fmi/?refresh_ce=1)

G20 Avançados Divida Pública/Produto Bruto = 134,7%

G20 Emergentes Divida Pública/Produto Bruto = 66,6%

Não Alinhados Divida Pública/Produto Bruto = 148,7%

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