domingo, 5 de fevereiro de 2012

GOVERNAR OU ADMINISTRAR? COMANDAR É MELHOR


Desde o 01/08/2011 e em varias ocasiões a seguir, neste Blog tive modo de escrever como acho ambígua a politica do atual Governo, pois parece estar mais “Comandando” que “Governando”. Num punhado de palavras: “o Governo está usando a cobertura politica dos Partidos de coalizão para ficar á vontade”.
Não estou acusando ninguém de postura ilegal, mas acho que o Legislativo apareça parado, come se tivesse o rabo preso: a parte governamental do Poder Legislativo parece estar assim intenta em defender o Poder Executivo, tão que quase se estranha dos acontecimentos. Daqui a troca-troca de Ministros, que são os Representantes dos Partidos dentro ao Governo, instituições que a sua vez participam ao “Desmembramento Administrativo”: mudam os Representantes, mas não os Representados.
Finalmente, depois 6 meses, consegui ler opiniões paralelas ás minhas. Milton Lahuerta, colega cientista político além de ser professor da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, define a situação politica atual como “PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO” (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120203_ministros_troca_pai.shtml): o Partido faz o que o Governo ordena para recebe cargos ministeriais em troca. O problema é que o Dilma.gov é um governo técnico e, por isso, os Ministérios não têm valência politica dentro do Governo e devem fazer o que o Presidente acha. Daqui inicia o esvaziamento politico nos partidos, sobretudo naqueles da base aliadas:
·         Os Partidos governamentais recebem cargos dum Poder falso e ilusório, pois não podem decidir nada.
·         Os Partidos governamentais devem executar as ordens recebidas pelo Governo, veja como para não perder o Ministério, nunca defenderam os próprios Ministros.
·         Os Partidos governamentais não exercem o compito que a Constituição impõe ao Poder Legislativo, ou seja, de controle sobre o Poder Executivo, pois perderiam os cargos ministeriais que lhe consente participar ao “Desmembramento Administrativo”.
Sempre Milton Lahuerta declara: "Com a dependência dessas coalizões, as mudanças são só na borda mesmo. Por isso, a sensação de que as coisas não mudam muito."  Como relacionada (sempre: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120203_ministros_troca_pai.shtml) existe a declaração de Simon Anholt, Consultor de Políticas Públicas, da imagem que o Brasil tem lá fora: “No começo, podem achar bom o fato de tirar ministros criticados. Depois de um tempo, vão começar a achar que há algo errado."
Presta atenção Brasil que os Partidos, sem valor politico, acabam existir e o passo entre autoridade e autoritarismo não é longo, pois quem gosta “Comandar” normalmente não gosta “Governar”. Ou talvez seja eu que estou errado: comandar ou governar ou administrar é a mesma coisa? E ai, porque a Constituição confere ao Governo o “Poder Executivo”? De Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_executivo): “Poder Executivo é o Poder do Estado que possui a atribuição de Governar o povo e Administrar os interesses públicos”.
Cordialidades,
Armando Cappello

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