Desde
o 01/08/2011 e em varias ocasiões a seguir, neste Blog tive modo de escrever
como acho ambígua a politica do atual Governo, pois parece estar mais “Comandando”
que “Governando”. Num punhado de palavras: “o Governo está usando a
cobertura politica dos Partidos de coalizão para ficar á vontade”.
Não
estou acusando ninguém de postura ilegal, mas acho que o Legislativo apareça parado,
come se tivesse o rabo preso: a parte governamental do Poder Legislativo parece
estar assim intenta em defender o Poder Executivo, tão que quase se estranha dos
acontecimentos. Daqui a troca-troca de Ministros, que são os Representantes dos
Partidos dentro ao Governo, instituições que a sua vez participam ao “Desmembramento
Administrativo”: mudam os Representantes, mas não os Representados.
Finalmente,
depois 6 meses, consegui ler opiniões paralelas ás minhas. Milton Lahuerta,
colega cientista político além de ser professor da Faculdade de Ciências e
Letras da UNESP, define a situação politica atual como “PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO” (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120203_ministros_troca_pai.shtml): o Partido faz
o que o Governo ordena para recebe cargos ministeriais em troca. O problema é
que o Dilma.gov é um governo técnico e, por isso, os Ministérios não têm
valência politica dentro do Governo e devem fazer o que o Presidente acha.
Daqui inicia o esvaziamento politico nos partidos, sobretudo naqueles da base
aliadas:
·
Os
Partidos governamentais recebem cargos dum Poder falso e ilusório, pois não
podem decidir nada.
·
Os
Partidos governamentais devem executar as ordens recebidas pelo Governo, veja como
para não perder o Ministério, nunca defenderam os próprios Ministros.
·
Os
Partidos governamentais não exercem o compito que a Constituição impõe ao Poder
Legislativo, ou seja, de controle sobre o Poder Executivo, pois perderiam os
cargos ministeriais que lhe consente participar ao “Desmembramento
Administrativo”.
Sempre
Milton Lahuerta declara: "Com a
dependência dessas coalizões, as mudanças são só na borda mesmo. Por isso, a
sensação de que as coisas não mudam muito." Como relacionada (sempre: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120203_ministros_troca_pai.shtml) existe a declaração de Simon Anholt,
Consultor de Políticas Públicas, da imagem que o Brasil tem lá fora: “No começo, podem achar bom o fato de tirar
ministros criticados. Depois de um tempo, vão começar a achar que há algo
errado."
Presta
atenção Brasil que os Partidos, sem valor politico, acabam existir e o passo
entre autoridade e autoritarismo não é longo, pois quem gosta “Comandar”
normalmente não gosta “Governar”. Ou talvez seja eu que estou errado:
comandar ou governar ou administrar é a mesma coisa? E ai, porque a
Constituição confere ao Governo o “Poder Executivo”? De Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_executivo): “Poder
Executivo é o Poder do Estado que possui a atribuição de Governar o povo e
Administrar os interesses públicos”.
Cordialidades,
Armando
Cappello
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