quinta-feira, 18 de agosto de 2011

RABUGENTO NÃO SOU, CHATO TALVEZ

Ontem liguei a CAGECE (Ente Autárquico de Fortaleza referente aos serviços de água e esgoto) para a substituição do registro geral de água na minha casa que tinha uma vazão. Devo evidenciar que o registro precede o medidor e, pois que eu pago a água conferida por este relógio, podia tranquilamente deixar vasar a água, tão não era eu que teria pagado o estrago. Mas, como cidadão cuidadoso, eu liguei para o 0800 competente comunicando o fato: além duma comunicação telefônica ruim (muita dificuldade para entender o atendente), precisou eu fornecer os dados pessoais (CPF, CNH, RG, nome de meu pai e da minha mãe,...) e pagar uma taxa para a substituição deste registro!!! Como? O registro não é meu, é da CAGECE e nem o tenho em comodato! É da CAGECE a água que vaza, não é aquela que eu consumo! Ao contrario poderia ser eu pedir indenização pelo prejuízo que a água da CAGECE me deu!
Além disso, devo evidenciar também que:
A.    CAGECE
1.     Existe um mínimo de consumo de água, ou seja, também se eu poupar o consuma de água, sempre devo pagar o quantitativo mínimo de 11 hectolitros por mês. Não deveria ser incentivada a economia do consumo de água? ... ou é toda uma parodia?
2.     Eu, como o conjunto inteiro onde vivo, pagamos sempre a CAGECE um valor relacionado num esgoto que não existe. Parece brincadeira, mas é verdade: talvez que a Autarquia esteja conservando os valores para realizar a obra? ... Pinóquio!!!
B.    COELCE
3.     Outra, que Autarquia não é, mas age como se fosse, é a COELCE (Companhia Concessionaria pela distribuição de Eletricidade no Ceará) que, através do boleto mensal, embolsa valores impressionantes relacionados à “Iluminação Publica Municipal”. Este dinheiro, que é dos Municípios, está nas contas da Concessionaria! Come as Secretarias competentes usam esta conta e onde as publicas sendo na mão de terceiro? Para maior tranquilidade gostaria que a Concessionaria recebesse o que lhe compete, como o Município fosse competente por o que lhe pertence.
É aqui que insurge e se identifica o atraso cultural do nordeste do Brasil: há uma geração que os brasileiros conseguiram remover o sistema ditatorial que mandava na Nação inteira, mas a revolução está inacabada: se estamos assistindo numa alta rotatividade de Políticos e Administradores Públicos, ainda existe o autoritarismo exasperado e irritante de Autarquias que estão raizadas no território. Eles justificam-se falando que elaboram regras mais pertinentes ao setor, para mostrar mais conforto ao usuário. Acham que nós somos gentes ingênuas? De verdade quem faz uma regra, sabe também como contorná-la: não necessitamos de regras a mais, pelo contrario precisamos que venham simplificadas as existentes e sem especificá-las.
Até mais,
Armando Cappello

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