domingo, 9 de outubro de 2011

NUNCA EXISTIRÁ O RÉQUIEM DO CAPITALISMO


Na época que estamos vivendo, cheia de ansiedades políticas e instabilidades econômicas, está novamente reemergindo a teorização da morte do capitalismo. Os teóricos destas hipóteses de sempre desenvolveram conceitos partindo de situações estáticas tornando-as dinâmicas, ou seja, dum ponto firmo, que é a época atual deles, para elaborar teses aplicáveis num futuro próximo ou mais remoto.
O réquiem do capitalismo foi cantado muitas vezes e, nos tempos, varias pessoas procuraram teorizar, ou realizar, sociedades sem esta componente sociocultural.
Os principais foram:
·         Karl Marx, que em 1848 teorizou o nascimento dum sistema político-econômico em substituição do capitalístico e através da elaboração do livro “O Capital”;
·         Vladimir Ilie Ulianov (dito Lênin), que com a revolução bolchevique de 1917 iniciou a experiência dum sistema de vida comunista na Rússia;
·         Mao Tse Tung, que em 1949 iniciou a experiência maoísta chinesa;
·         Fidel Castro, que ainda é o emblema da experiência cubana iniciada em 1959.
Deixei pra fora as tentativas atuadas em seguida á 2ª Guerra Mundial na área asiática e europeia, pois acho foram mais instrumentalizações que escolhas populares; como também não levo em conta o novo populismo da América Latina ou o credo fundamentalista Muçulmano, pois não se baseiam em aplicações ideológicas ou em elaborações de doutrinas alternativas, mas somente no “confronto-conflito permanente” contra os maiores Países representantes do sistema capitalístico: parece-me a reedição do antigo Scipione o Temporizador, uma piada.
Em primeiro devemos dar credito á elevada capacidade de transformação e de adaptação do capitalismo (entendido como sistema político-econômico) ao mundo que o circunda: a vontade de acumular bens móveis, ou imóveis, faz parte da sociabilidade do homem que, desde nascido, é mais propenso em possuir as coisas respeito a concedê-las. Por isto devemos entender que o capitalismo faz parte de nós mesmos (entendido como comunidade humana) e ele entra em crise para dar os sinais ás Nações (que formam a comunidade mundial) que estão agindo em modo errado. É como o nosso corpo quando passamos para uma intoxicação: os seus equilíbrios funcionais mostram sinais de alteração respeito situações de físico sano.
Quais são as funções fundamentais do capitalismo? O rumo do capitalismo é a acumulação (através do lucro); ele respira através do dinheiro (moeda); o seu coração é o credito (confiança).
No ponto onde nós estamos agora:
1.     Foi perdido o foco da acumulação (intoxicação por divida);
2.     Foi reduziu o fluxo de dinheiro (menor capacidade respiratória = menor oxigenação do sangue);
3.     Diminuiu drasticamente a confiança entre as partes e no futuro (risco de parada cardíaca);
Se voltarmos nos tempos, podemos ver como o capitalismo mudou em conformidade ás mudanças socioeconômicas dos seres humanos: num capitalismo selvagem foram introduzidas regras e, procedendo, se passou para um capitalismo mais regulamentado, para chegar ao atual capitalismo semidemocrático, em crise. Querendo ou não querendo, tudo mundo deve aceitar a próxima mudança que empurra para um capitalismo com regime democrático, onde a participação á acumulação deve estar aberta por maior numeros de entidades e onde deve ser reconhecido como capital também o intelecto humano.
Chegou a hora de abrir as portas das “salas dos botões” das organizações mundiais, tornando este comando mais socialista que oligopolista, como é agora; parando de confrontar o socialismo com o capitalismo que não são antagonistas entre eles, mas duas linhas que podem convergir para um mesmo ponto, assim abrangendo um arco maior e em comum .
O Capitalismo nunca vai morrer: ele se transforma adequando-se ao desenvolvimento dos homens.
No tempo passado, nas escolas italianas aos 13 anos de idade, tudo mundo havia a obrigação de ler – analisar – resumir o mesmo livro: “Il Gattopardo” de Giuseppe Tommasi di Lampedusa, livro que narra acontecimentos de sua antiga família nobre em terra siciliana e de volta ao meado de 1800. Este livro ficará imortal nos tempos, pois a filosofia que o percorre se pode resumir em “nada muda, tudo se transforma”.
Para entender o capitalismo eu acho que devemos:
·         Por primeiro entender e aceitar o transformismo intelectual humano, que é a capacidade dos homens de adaptar-se em qualquer tipo de situação;
·         Por segundo crer na sociabilidade dos humanos, que é a capacidade dos homens de enriquecer-se nas trocas de ideias entres os próprios similares.
Isto é a base do capitalismo que é também acreditar no credito, sabendo atua-lo num regime de confiança reciproca.
Á próxima,
Armando Cappello

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