terça-feira, 4 de outubro de 2011

OPINANDO COM FHC

Miriam Leitão, colunista econômica do Jornal “O Globo”, ontem sinalizou no twitter o artigo “Incertezas” de Fernando Henrique Cardoso, que a “Gazeta do Povo” publicou domingo 02/10 /2011 (a matéria pode ser encontrada á pagina http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1175589&tit=Incertezas): existem divagações sobre vários aspectos, deslocado nos tempos e que abrem portas não sempre visíveis.
Não é fácil debater conceitos quando as opiniões são intelectualmente parecidas; mas o mesmo procuro entrar naqueles onde vêm mencionados a “FED está inundando o mundo de dólares” e a “BCE e o FMI exigem dos países em bancarrota virtual”.
a.     A importância de novos dólares, injetados nos últimos anos 2 ½ pela FED, superaram os dois  trilhões de US$.
b.    A taxa de juro que está sendo praticadas pelos Bancos Centrais nos Países do primeiro mundo, é praticamente perto de zero; isto para não gravar com juro nas costas dos Governos que estão procurando sair duma crise financeira (atualmente mais induzida que real).
No primeiro caso vamos entender, num mercado estático, como injetar dinheiro significa desvalorizar a moeda e pela mesma percentagem do novo fluxo introduzido. Ex.: se eu tenho um valor nominal inicial de 100 e introduzo outro 20, vou ter um valor nominal final de 120; mas se o 120 final representa a mesma riqueza do 100 inicial, eu apliquei uma desvalorização da moeda do 20%, ou seja, se eu em precedência tinha uma quantia de 1.000, em seguida á desvalorização a mesma quantia terá um valor verdadeiro do 800 anterior.
O que logo narrei, é o que está acontecendo nos EUA. Este tipo de manobra monetária, aplicada em tempo de recessão como o atual, deve ser acompanhado numa manobra do Banco Central (neste caso a FED) que aplica taxa de juro baixo; no caso contrario o Governo se enforcaria sozinho: uma diminuição das entradas, em conjunto com um aumento de despesas por juros, levaria o Governo aumentar os impostos, diminuir os empregos e os investimentos, assim criando uma espiral negativa de crescimento (recessão e depressão).
O que estamos assistindo é uma fase econômica drogada, onde países estão passando, ou estão aproximando-se, a beirada dum coma induzido (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/), quando o fantasma “Protecionismo” está aparecendo um remédio em boa parte do mundo; ao contrario é um veneno para todos.
Talvez que eu tenha uma cabeça de retrógado, mas não consigo entender como se pode permitir o uso de instrumentos desregulamentados quais as especulações financeiras e de commodities agrícolas (em particular CDS e Futures Alimentares), especulações que empobrecem todas as Nações, enriquecendo uns no mundo inteiro, além de alimentar crises regionais que chegaram á guerra civil (vai ao postado http://armandocappello.blogspot.com/2011/09/why-bonner.html). Estes tipos de instrumentos criam riqueza sim, mas instituindo novas dividas: não é suficiente a crise financeira do 2008 que brolhou dá globalização das dividas? Nós somos tão burros que, como masoquistas, gostando repetir novamente crises econômicas?
Estou de acordo com FHC quando fala que a UE deve ter uniformidade em matéria de politica fiscal, mas antes que chegar neste patamar, deve-se criar politicamente a Europa onde os Estados devem prestar conta ao Governo Central (vai ao postado http://armandocappello.blogspot.com/2011/09/cade-os-politicos-com-visao.html). Prestamos também atenção que a desagregação da UE não iria prejudicar só os Estados europeu, mas iria criar controvérsias mundiais que seria bem melhor evitar neste momento, dado que ninguém sabe onde levaria uma crise de tipo politico/diplomático. A UE detém em si mesma todas as forças úteis para superar a crise corrente, mas sem que outros atropelam o caminho dela.
Uma ultima coisa, que centra com a Europa, mas não com FHC.
Gentil Sra. Dilma para de inserir-se em fatos de outros, palestrando come se fosse uma professora numa cátedra com aluno quais Presidentes ou Primeiros Ministros de França, Alemanha, Reinos Unidos, Holanda, Itália,... no rating da Moody’s o Brasil tem a classificação Baa2; Alemanha, França, Reinos Unidos e Holanda têm a classificação AAA; a Itália tem classificação Aa2. Sra. Dilma procuro explicar-te a coisa em modo mais simples: é como se Alemanha, França, Reinos Unidos e Holanda tivessem uma nota 10, a Itália uma nota 8 e o Brasil uma nota 6. Por favor, poupa nós cidadãos do ridículo!  Emborra que Você está usando farinha que não é do seu saco (na realidade o que a Presidenta fiz pelo Brasil nestes 9 meses? além ter havido um turnover médio de um Ministro por mês), poupa os Brasileiros também da retorica de mal gosto com a qual, pela segunda vez em duas semanas, vai puxa as orelhas de outros, pois “é melhor cuidar da trave que está nos olhos do Brasil que procurar as palhoças que estão naquelas europeias”.
Cordialmente,
Armando Cappello

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