sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Inflação, Inflações e Astúcia Politica

Sento falar de inflação que se aquece e que se esfria e não se trata de INFLAÇÃO: se está debatendo sobre umas das tendências possíveis derivadas dá inflação.
INFLAÇÃO é o aumento de quantidade de dinheiro em circulação adicionado àquela em deposito.
Trata-se da mudança dum “status quo” temporâneo ou permanente (pode ser equiparado numa doença no físico humano) o cujo efeito pode ser o aumento de todos os preços e salários, incluída a taxa de juro da remuneração (custo) do dinheiro (o efeito pode ser equiparado num estado febril do doente).
Fico intelectualmente “puto” quando afirmam que a inflação está sob controle porque é totalmente enganoso: quem afirma isso, deveria também dizer quais são as massas monetárias das moedas que formam a cesta cujo se refere os SDR – Direitos Especiais de Saque (moeda do FMI); melhor, deveriam mostrar a evolução dos últimos 3 anos das massas monetárias das moedas de referencia, evidenciando de lado o valor das reservas de cada Nação. Mas os Senhores Governantes têm medo mostrar estes dados, pois a verdade mostraria que a competência deles está só nas palavras ao vento que continuam jogar e que, pelo contrario, não sabem para onde o munda está se dirigindo. Se fossem cientes do que estão tratando, já teriam resolvido o assunto.
Três anos atrás estourou a bomba financeira da “globalização das dividas” e, neste prazo, os nossos administradores mundiais só drogaram as economias (cada Nação em modo diferente) atrasando assim o efeito inflacionário de reequilíbrio; quando não conseguir mais controlar tal paliativo, o efeito vai explodir arrebentando todas as barreiras que eles mesmos colocaram. Nós, comuns mortais, encontraremos acelerações impressionantes de perda do poder de compra, pois o recupero da diferencia entre o valor surreal, que estamos vivendo, e aquele real das moedas (taxa inflacionaria) deverá ser reequilibrado num prazo sempre menor: fortunas liquidas serão queimadas dá noite pelo dia sem nós entender a motivação. É desta situação de desespero comum que tenho o medo maior, ou seja que compareça alguém que consiga agregar o povo numa mesma bandeira prometendo ilusões magicas que, partindo duma situação de miséria, o povo iria atender.
É isto que os nossos governantes querem? A nossa ignorância? Prestam atenção que Hitler, Stalin e Mao foram déspotas que usaram situações análogas, mas são passadas poucas décadas para esquecer as atrocidades que cometeram para aceitar êmulos deles.
Um único exemplo: a Grécia.
No site http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/11/04/analistas-falam-sobre-reuniao-do-20-414921.asp se aprende que a Grécia “mesmo com um corte de dívida de 50% ainda termina a década com 120% de dívida”. Eu entendo que a divida da Grécia é de US$ 800 bilhões, contra um PIB de US$ 340 bilhões e que o custo que a EU deve sustentar pela Grécia é de uns US$ 400 bilhões. Quanto seria o custo agregado que a Grécia encostaria á EU em caso de sua saída da União? E se cada Nação mirasse segurar, com o apoio da EU, a divida grega nos próprios bancos? Neste modo liberar a Grécia á escolha do próprio destino: qual seria o custo desta operação? E os custos sociais a quanto equivaleriam? Quando falam porque não usam dados, ou seja não explicam os conceitos, mas proferem só palavras?
Me parece um jogo de “esconde esconde” onde a EU, que tem um PIB total de uns US$ 17.000 bilhões (50 vezes o da Grécia), está espalhando a crise interna (falta de união politica interna á EU e de controle sobre as Nações aderentes) como custos a nível mundial: mas o que é a EU para a China, para o Brasil, para a Índia...? é um parceiro comercial que compra muitos e aos quais acham seja bom incluir a divida grega descontando o valor nos bens importados.
Mas quando existe uma devedor identificado, existe um credor legitimo também; e se quem paga usa dinheiro de nova circulação, significa que aumenta a quantidade da massa monetária; se é assim, significa que o valor daquela moeda abaixou-se. O raciocínio parece ser: se vamos parcelar a divida grega para todos no mundo, todas as moedas vão abaixando-se em modo igual e assim nenhuma vai ter desvalorização. Mas a Índia, o Irã, a Tailândia, a Bolívia, o Camarão, o...têm nada ver com a divida grega e a ausência politica da EU!!! Porque deveriam pagar uma divida de outros sem ser credores?
É muito parecido ao gato que quer se morder o rabo.
Até mais.
Armando Cappello

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